quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mushin


 
Gosto (e ao mesmo tempo não) de ficar no silêncio. Aquele silêncio que, arrebatador, me introduz no mundo paralelo ao que vivo, mas que só me é revelado em sua totalidade quando acompanhado da ausência de distrações supérfluas, mundanas, cotidianas...superficiais-anestésicas, eu categorizaria.

   Ando tendo uma diversidade tão grande de 'correntes de pensamento', que acabam literalmente me acorrentando. Preso em um mar de possibilidades obssessivas. Preso em uma ilha de medo, talvez uma pseudo-terra-firme (mas não um porto seguro) no meio desta vastidão.

   Conclusões que doem. E doem mesmo, fisicamente falando. Constatações tristes, daquelas de apertar qualquer peito e que não sejam logo acompanhadas por uma inspiração mais funda, como que caçando um pouco mais de ar. Como tragar o ar da China, com 25x mais poluição do que o 'tolerado' (!). Atualidades serventes apenas para comparações absurdas e irracionais. Este excesso não passa disso: absurdo irracional.

Parece meio confuso. Talvez seja mesmo. Só sei que textos curtos, mtas vezes não são abreviados; nem incompletos. Talvez sejam forças motrizes de ecos, que ressoem cada qual na parede de cada ouvido, em cada timbre, com cada tom, que cada um seja capaz de ouvir.

Só um lembrete a mim mesmo: devo pedir mais ajuda aos olhos alheios. Muitas vezes não passo de um debilóide, que não encontrando a porta a 2 metros de distância (2 passos as vezes!), insiste em abrir a cabeça tentando adentrar novos recintos varando uma muralha de frente.
Nem nesse momento a visão sobre o Caminho, por mais fraco que me olhar de fora nesse exato momento pareça, sai da minha cabeça.

Mushin.

Sem mente.

Água.





quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Antigo.

Dojo. Mente. Físico e abstrato interagindo.
Quântico.

Nunca foi diferente. Nunca vai ser.

Tanto tempo para entender um significado mais próximo da Verdade Bushi Antiga. Tantos atalhos falsos, impostores, decadentes. Tantos quantos as facetas de espelhos que refletem o reflexo...não o objeto propriamente dito.
Não são o objeto. Nem o reflexo primário do objeto.
Sem honra. Sem valor.

Saúdo. Cumprimento. Alongo.

O instinto me avisou 1 hora antes. Não acredito em coincidências. Em Deus e no instinto sim.
Breve interrupção. Visualização do embate. Poros abertos e pêlos eriçados. Como um animal. Sem raiva.
Um Bushi antigo completa o raciocínio 24 hs depois:
- 'Sem raiva, mas incisivo com fúria.'
Musashi-sama Sensei.

Poucos homens compreendem isso. E poucos compreenderão. Antes soaria triste aos meus ouvidos. Hoje soa como necessário. Se a teoria já é difícil entender, a prática então...
Preservada entre poucos. Um clã. Melhor assim.

Prosseguindo,

Arapuca. Já bem esperada.
Preparo. Observo pensamentos. Não os controlo, só os mantenho fluindo. Algo queima dentro pedindo vingança, justiça, sangue. Pede o exacerbado. Tudo de mais é ruim.

Lembro que nada disso de fato existe. Nem eu existo nesse momento. Não sinto nem meus olhos. Nem meu corpo. Nem meu coração. Só observo e movimento, me assistindo de fora simultaneamente.

A mente necessita apenas clareza. O corpo ausência de freios. Ainda me prendo a necessidade da exposição a outros. E isso é desvio. Noto agora.

Quero derrotar o inimigo interno através do outro. O outro é só isso. Reflexo do pensamento. Do próprio estado.
Busco derrotar o literal.

Quero derrubá-lo dentro dos seus domínios; do feudo alheio. Das suas regras e dos seus termos. Indubitável. - isto é expor. Desnecessário.

Honroso e educado. Será necessário?!
Direto?!

Talvez fluido e límpido sejam melhores veículos de comunicação do significado perdido.

O após?! apenas excitado, como um poltrão. Mas desde sempre, vislumbrando um estado lacônico, transcendente.
Sigo adiante.

Muita coisa a lapidar. Uma vida se faz pouco tempo.
Dia e noite.

Um só caminho.


OSS.