quarta-feira, 28 de abril de 2010

Passagem. Só mais uma.


Eu tava tomando uma ducha aqui e pensando algumas coisas. Estou prestes á mudar uma coisa na minha vida que mexe bastante comigo. E nessas, já entro no embalo de pensar em todo o resto, afim de avaliar (ou melhor, reavaliar) algumas escolhas, com a consciência que toda escolha é passível de mudança, principalmente quando a mudança vem precedida por uma expansão de consciência... nesse caso, a mudança se torna quase inevitável.

Adianta eu ficar reclamando de alguma coisa em um lugar que não me cabe (já faz tempo), mas continuar parado? Comodismo. Continuar é exatamente isso. E na boa, nem adianta. Nasci com o medo exato que um ser humano corajoso nasce: nem pouco (pra não passar por imbecil), nem muito (pra não me rotularem frouxo). Na medida de quem é real.

E assim, vejo nos olhos dos outros. Esperam que eu roube tudo, menos a cena.

Eu tava pensando e depurando (igual Sócrates), minhas idéias afim de chegar na verdade, e na boa?
Todas as pessoas que lerem esse texto gostaria que me deixassem respostas. Afinal, na maioria dos meus textos, a idéia é justamente essa: obter respostas. Então peço.

Mas na boa...não me venham com essas respostas tipo 'frases-feitas', ou nada que seja moralista ao ponto de soar hipócrita. Ou ainda, respostas que soem bonitas ou inteligentes, para só soarem desse jeito. Quero as respostas das honestas. Aquelas que foram vivenciadas e comprovadas. Nada das babaquices de aparências. Acho que ninguém tem mais tempo pra isso.

Então,

Que que serve mais?

Correr pra direção do amor, ou contra ele? - Lembrando de todas implicações, tipo responsas, fidelidades, lealdades, medos, inseguranças, confianças, entregas, esperas.
Entendeu? O negócio com sua complexidade REAL. Muito mais que: - 'claro que pra ele! afinal, todo mundo quer ser feliz e se completar...'. Sem essas...
Tipo, eu acredito que tbm é possível ser feliz em carreira solo. Na boa. Ando em anorexia emocional. Tá bom, eu espero você pegar o Aurélio e ler o significado, vai lá....

Continuando.

Pensar na felicidade isolada, mesmo que pra isso se tenha que desapontar pessoas não as correspondendo (com suas expectativas) e carregar aquele sentimento de 'putz, fudi tudo' mais famoso pelo nome de culpa (e claro, sempre tendendo ao fracasso já que culpa não é um sentimento tão útil assim), ou sufocar seus chamados em prol de algo que não te atenda tanto, não te motive tanto, guardando quieto isso? Mas, que de repente te dê menos dor de cabeça?
Chamar a responsa no peito, e entender (leia engolir) quando te apontarem, não tendo ninguém pra dividir a consequência? Ou ficar na normalidade?!
E olha que eu nem nasci com a alma morna...
Pensar no que meia dúzia de pessoas que nem se importam com você pensam, (mas você se importa com eles!) ou primar pelo custo-benefício, evolução e seguir, mesmo que deixando eles para trás e percorrer todo o trajeto sozinho (pra variar!?)
'Nasceu sozinho, vai morrê sozinho - esse é o custo. E isso até que me parece justo...'

Servir como boi para as piranhas, mas seguir a minha crença, ou me conformar em continuar na boiada, aparentemente seguro, mas vagando através do tempo, indo pra lugar que nem se sabe e acabar FARDADO á viver de algo que eu realmente amo?! Tranformar o amor em monotonia?! Pelamor...
É, fui feliz na minha outra letra aqui: Morte pra nóiz é ausência de amor...

E a realidade é uma só: quem for de ficar, vai ficar e quem for de correr, vai correr. Quem for de falar, vai falar (ou mal falar) e quem for de fazer, vai fazer.
'Maldade é retirar sem pedir permissão...'

Existem outras... tantas...
As conclusões já começaram a aparecer e a magia se inicia...
Mas são essas preocupações que me afligem no momento. Junto com a prova de saneamento 'não sei o que lá', da próxima segunda...

Mas só de externar, já me mostra as opções, minha visão, algumas outras, alguns pontos que eu não havia levado em conta ou consideração.
E 2 amigos me falam: aí, anda e não fala!
...deixa quem quiser ficar parado, só ficar.
Penso: Eu, comigo mesmo já é difícil... os outros? infelizmente, são só os outros.

E na boa?
CheckMat.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O assassino de Deus e sua cúmplice (Parte súbita e final)


Nada de continuar a série. Decidido. A licença poética e a loucura própria de artistas e pessoas do 'gênero' (ou filo?), me permite.
Mas antes de sepultar a mesma, me vejo obrigado a mencionar Charles. Toda lição e enredo. Rápido como um capuccino desses de máquinas express, em lojas de conveniência. Bastante úteis, vez por outra.
Segue.

Charles me ensinou uma coisa: que apesar de ter matado Deus com a 'Origem das espécies', ele não parou. Nunca parou de fazer o que acreditava.

Respeitava os que amava e não o entendiam, até sofria com eles; maluco, louco, doente mental, vagabundo, vida sem sentido. Tudo igual, desde aquela época...


Mas não parou nem por causa deles. E fez com que o conhecessem de fato, para aí sim, levar em conta suas opiniões.

E inclusive, deixou a decisão da publicação do maior tratado de biologia da história nas mãos da pessoa que mais amava e que ao mesmo tempo era a mais fervorosa e religiosa (contra ele, inclusive!) pessoa com qual convivia e AMAVA: sua esposa.

E entre conversas esquizofrênicas com sua finada filha e sentimentos de culpa, sublimou tudo...e fez de sua esposa sua cúmplice na morte de Deus.


O cara foi sensacional. Limitado. Arrojado. Falho. Perspicaz. Traumatizado. Humano.


Tantas lições pra deixar. Tantas que eu não entendi também...


Muito p'ra uma 'série' de textos.

O tempo passou.


Só deixo aqui impresso:

Conheçam.
Charles.
Darwin.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pt. 3 - BROOKLYN'S FINEST.(O que Eddie, Sal e Tango me ensinaram. Charles também)


Após todas essas sensações mais que especiais, o mundo exterior foi simplesmente abstraído e me teletransportei, como na enterprise, pro mundo real-nem-tanto do projetor antigo (bem acima da minha cabeça) que insistia em ser lembrado através dos 'clacks' que vez por outra soltava. Até então, se acabasse a luz ou qualquer coisa do tipo, já me daria por satisfeito. O local já havia cumprido e superado as expectativas colocadas.

Mas claro que não havia acabado ainda...

Sei que é uma pergunta clichê. Famosa. Desculpem até a ignorância neste ponto...mas assim, realmente não sei a resposta: qual imita qual? a arte ou a vida?
Eu tenho uma teoria. Não é das boas, mas também não passei muito tempo pensando nela, afim de combater as perguntas mais capciosas: A arte só imita a vida para aqueles que não tem aquela realidade. Logo, (por ser impossível todos possuírem contato com todas as realidades existentes), em algum ponto a arte imita a vida. Sem falar da necessidade do ser humano vivenciar a arte. Não ser o mesmo-humano. O normal. O 'tudo igual, sempre'. Mas aí eu passo para os filósofos habilitados. Sou só um curioso que tenta realmente usar mais que apenas 10% do cérebro. Atentem: tento.

Entre dilemas morais, violência, ambição, família e resignação, fui me encontrando também.
Histórias completamente diferentes. Todas com o mesmo pano de fundo. Todas, no final, tem.
Mensagens tão escancaradas que se tornaram batidas...quase subliminares. Afinal de contas, a coca-cola não precisa mais dessas mensagens pra vender.

Sal - morreu por querer mais do que poderia ter naquele momento. Literalmente, falta de paciência. Mas como ter paciência passando necessidade?! Aliás, necessidade é principalmente uma questão de ordenar corretamente a lista particular de prioridades. Família é tudo. Pressão por conta dela não. Sal me deixou essa lição.

Eddie - me mostrou que a qualquer tempo é tempo. Independente do que o mundo pense. Mas... é necessário 2 coisas. 1- algo que me motive (nem sempre do jeito mais cômodo). 2-conhecer exatamente o ponto falho; e não estar contente com ele, por mais que pareça acomodado. Também ensinou que falta de família é foda.

Tango - O meio nos transforma e somos capazes sim, de enxergar qualquer ponto de vista. Até as causas daquilo que combatemos. E que estou internamente mais perto do que me incomoda do que eu penso. Outra: nem sempre o que eu almejo, vai me fazer feliz, por mais que me faça estável. Sem família, fica muito mais difícil o cara se conduzir. Família é quase tudo (bem próximo do tudo).

Nem poderia ser outro: Brooklyn's Finest.

Quando estava me acostumando com a idéia, logo após um sorvete diretamente vindo do Alaska e algumas perguntas sobre um possível loft bem localizado e muito simpático (que não passou de um conjunto comercial!), Charles chegou. Mas essa volta ao antigo cinema e a conclusão, já sabem né?!:


CONTINUA.

[AGORA SIM, RUMO AO FIM]

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pt. 2 (Era só cinema...)


Acabamos de voltar.

Entramos na galeria, toda fechada. Só o cinema nos esperando. Como só os velhos conhecidos são capazes de fazer: realmente com os braços abertos.

Passo a primeira porta de vidro. Três degraus para aí sim, a escada se apresentar á nossa direita. No ambiente, toca um jazz antigo.
Algo soava como Louis Armstrong.
Mas não garanto.

Subi ansioso o primeiro lance.
Inicio o segundo.
Ao final deste, me deparo com o salão principal de espera.
Majestoso! Tão velho e imponente! Somente a velha guarda consegue isso. Não existe simuladores de efeitos, sintetizadores ou photoshops tão bons quanto os olhos associados á memória.
Isso sim.
THE OLDSCHOOL RULEZ!

A sensação é indescritível.
O ambiente não.

Meus pés, sentem um leve afundar, no fofo do carpete antigo, em alguns pontos já gasto ao ponto de se tornar inaceitável para os mais moralistas. Ou apontadores que prezam mais pelos comentários desprezáveis do que o momento.
Para nós não.

Voltei ao tempo (comentado em algum texto do passado deste arquivo) em que cinemas eram só cinemas. Em que ia com meu pai. Onde se vendia quando muito pipoca e balas de goma. Havia lanterninhas! (Isso sim era uma profissão que valia á pena)
Sim! Elas ainda estavam lá. As mesmas balas da minha infância. Paradas. Observando o pouco, quase nulo movimento de pessoas. Os cartazes ao redor. Sufocadas pelo ar quente que saía da antiga estufa que aprisionava as pipocas. Com certeza a maioria das pipocas não ia ser comida aquela noite...
O carpete fofo, antigo e com desenhos geométricos próximos á triângulos, em tons avermelhados, esquentam o ambiente.

Uma espécie de efeito-borboleta. De volta ao passado.

As poltronas INDIVIDUAIS (PASMEM!), para aguarde do início da sessão, continuam no mesmo tom de marrom. E estranhas de sentar também, pelo seu tamanho anormal (acima da média).
Um casal, aparentando uns 50,55 anos chega. Se senta. Nos cumprimenta com a cabeça. Sorriso tímido, mas amigável.
Bons tempos, quando pessoas eram só pessoas.
Nostalgia do tempo que não vivi...Mas só de entrar em contato com resquícios sinto saudade. Um aperto no peito do que podia ter sido e não foi.
(NOTA: Mas não precisa muito juízo pra perceber que o hoje está perdido na maior parte né?)

Ao fundo, todo o vasto corpo, de 03 funcionários presentes (1 menino de aproximadamente 18 anos, uma mulher de no máximo 25 e um senhor aparentando seus 40 - e que mandava nos 2! resmungando ao fundo alguma conversa sobre a possibilidade de se ver através do celular, as imagens da câmera recém instalada. Uma câmera. Solitária também) conversando e rindo. Nada escandaloso. Mas com apenas 8 pessoas ao total no saguão principal, tomava dimensões maiores que o normal, naturalmente.

Filme e?
...pipoca! Lá vamos nós...

- 02 pipocas, 02 refrigerantes gigantes. Obrigado!

Pipoca ruim. Sem manteiga. Sem sal. Meio murcha...
Meio só. Devia estar misturada com a antiga. Mas naquele lugar, até a pipoca se tornou suportável. Gostosa não se tornaria nunca. Mas combinava com o local. E conosco também.

Solto uma pro gordo...
- Irmão, aqui é o cúmulo do underground hoje em dia, é mole?! Pffff...! Um lugar normal quando a gente era criança, se tornou o reduto de casais cult, solitários de plantão -sem aceitação suficiente para encarar uma fila de cinemark- (tirando a cara de psicopatas que esses solitários de plantão tem. Tinha um que lembrava bastante o Michael Douglas naquele 'Um dia de fúria'. Juro que torci para ele não estar em um, por alguns instantes.) e conservadores inveterados de uma boa sessão, uma boa sala de cinema á moda antiga. Do ato. Não aparência. Da essência. Nós nos incluímos nesse último grupo.

Cena final: Gordo lendo uma revista que eu acabara de comprar, eu maravilhado com aquelas luzes antigas no centro do salão e 2 feixes do asterisco (desenho que era formado pelo conjunto de lâmpadas) queimados, o carpete fofo, as balas de goma, a câmera solitária, o ar pesado, o jazz antigo acelerado no trompete... Sem esquecer daquelas uvas passas cobertas com chocolate que somente os que tem mais de 25 conhecem- Pan!. Adicionaram uns suflairs também. Nada de mais.

A moça se levanta 8 minutos atrasada:
-Podem entregar as fichinhas que o filme vai começar !
(Chamou no gogó mesmo...)

Estávamos entrando e o filme já havia começado. Sem reclames de brigada de incêndio nem traillers. Direto. Os mais metafóricos soltariam um: 'no pêlo'!

Estava de novo entre as cadeiras de couro marrom que não dobram, os acabamentos de madeira maciça e aquela sensação de reencontrar meu pai com meu olhar de pequenininho. Encontrei ali aquela saudade de criança. Exatamente escondido entre as frestas do acabamento que já começava a abrir.
Achei mais um pedaço meu que havia esquecido por aí.
Quando esquecer não tinha problema.
Quando era só pequeno.

Só uma sala.

Só um filme.

Só um cinema...



CONTINUA

Sinistralidade, Darwin e Oscar. Pt 1


'O tempo é importante, mas não mais que os fatos através dele sucedidos' - Eu.

Cinemas antigos me agradam muito. Ontem voltei a ter esta experiência, que não pode, deve ou vai ser relatada aqui brevemente. Seria deixar de lado a mágica em prol do saco do leitor. Por se tratar de um blog, por favor entendam: o leitor não influencia ao ponto de me fazer mudar o que tenho para escrever.

Voltemos

Primeira 'novidade' antiquada. Bilheteria sem fila. Isso mesmo, você não leu errado. Bilheteria. Uma. Única. Sem shopping centers ao redor do cinema, como uma ostra ao redor de uma pérola. Essa pérola não nasceu de uma ostra. E provou que ostras não são necessárias nesse caso.
Pago.
O semblante da moça do caixa, metade saco cheio do trabalho, metade solitária, foi inspirador.
Real.
Ainda restavam alguns minutos pro filme. Resolvemos tomar um café. Moca Menta. Ficou só a expectativa do que poderia ser. Igual pais autoritários e frustrados com filhos novos (ou mais velhos...). Telas em branco. Futuros homens-bomba.

Entre um gole e outro daquela bebida insossa, que nada tinha de menta para o meu paladar, entre uma história e outra (esquetes na verdade!), uma constatação e outra, teorizamos, rimos. Chegamos á conclusões óbvias, mas divertidas sobre assuntos de pouco conteúdo filosófico ou lírico, mas excelentes pra alimentar a vida.
Na sua forma mais simples de significar.
Eu e meu irmão. Chorei de tanto rir, na verdade. Ele menos. Esses subtos surtos de riso que não se pode (muito menos se deve!) conter. Hilária a cena. Na minha visão, claro.
Os 2, cada um com seu micro-copo de 'fucking moca menta', olhando e pensando ao mesmo tempo: 'porra, paguei 6 paus nessa merda?! e nem tem gosto? e vem pouco! e que merda...'
Caras de tacho.
Ri disso, exatamente. Do assalto. De ter sido enganado. Me julgando muitas vezes tão esperto.
Chegamos a conclusão que parecíamos estar em Londres...sem nunca ter estado lá! E mais risos. Sensacional.

Concluímos o tal 'mocamothafuckin'chinno menta' e saímos. Rindo ainda. Dançando entre os carros, em plena Av. Paulista. Não swingantes. Passos firmes, mas com ginga. Donos daquela fração de tempo, momento e espaço.

Só feliz por estar ali; com a melhor companhia que poderia, vivendo exatamente nada de extraordinário. Alimentando a vida. Em seu mais simples significado.

E olha que o filme nem havia começado ainda...
nem as lembranças.

CONTINUA

domingo, 11 de abril de 2010

Mudanças


Já perceberam como de tempos em tempos a vida muda?

Não estou falando de pequenas mudanças do dia-a-dia, necessárias pra a manutenção e bom funcionamento da mesma. Estou falando aqui das mudanças significativas, aquelas que parecem 'desentupir' algum canal que me liga com o mundo e me faz ampliar a visão, uma espécie de Lion dos thundercats e a espadinha justiceira dele lá.


Impressionante!


No meu caso, vem normalmente de uma maneira 'semi-esperada'. Semi-esperada? não é bem essa definição... 'Não mais adiada!' isso. Mudanças que percebo mas fica na bolha da procrastinação, até o momento que algum fato ou simplesmente a não-tolerância por algo decorrente do motivo perturbador (no melhor sentido - que me perturba!), me move rumo ao novo.

Percebo alguns movimentos, de início. A luz vermelha acende. Deixo em standby. 'Sabe como é, essa história de julgar pega mal e tudo mais...'. Vai passando percebidamente pelos meus olhos, afim de não cair no vacilo de ser cego com alguma coisa que está diante de mim. Vai, vai, vai... Até a hora que não vai mais. Não desce. Nada muito grave ou austero como motivo principal.

A preguiça (que só os inteligentes tem) me obriga. Nada espalhafatoso também.


Só encerro o expediente.

E não adianta ter dinheiro em mãos, 'tá lendo essa plaquinha aí que diz FECHADO?' então, fechou. Simples assim. Um dia talvez reabra pra você...ou um dia talvez não. Melhor resposta:

sem previsão.


Mudanças. Tão incômodas e tão produtivas... tchau tchau á zona de conforto. Temporariamente pelo menos.


Isso me lembra uma estória (com 'E' mesmo! Mas que vivi e poderia ser muito bem com 'H').


Resumo:

Um monge e uma víbora. Criação. Amparo. Alimentação. Companhia. Mordida no final. Questionamento. Resposta dela? - Continuo sendo uma víbora...minha essência é essa e não posso mudá-la.

E o monge nesse caso morreu.


Ainda bem que meu organismo desenvolveu anticorpos suficientes.

Segue a vida, segue a rinha, segue a rima que lapida.


Como alguns textos atrás mencionei:

Isso não é da minha alçada. Sigo a minha vida. Até achar o meu lugar. Se achei? Dá uma olhada pra imagem desse texto...


Isso não é problema meu...- continua funcionando como um mantra.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Simplesmente São! (Meus amigos são...)


O texto que segue abaixo é de um amigo meu. A gente já fez algumas coisas juntos, então essa é mais uma: ele com o texto, eu com o blog.
Afinal de contas,

'MEUS AMIGOS SÃO TUDO PRA MIM,
MEUS AMIGOS SÃO TUDO PRA MIM,
MEUS AMIGOS SÃO TUDO PRA MIM, ENFIM
MEUS AMIGOS SÃO..'

E é isso que você me ensina?
Então solta a base e segue a rima..
Tudo nosso Gus.
Nóiz



SEGUE:


SIMPLISMENTE SÃO!



1,2, 3 e já! Nascemos. Engatinha, caminha, fala. Coisas instintivas, sobrevivência, necessidades básicas. Começamos a “entender” o mundo e as coisas como elas são. Experimentamos muitas coisas. Para quem nunca reparou, cada dia é uma nova experiência, basta olhar para a vida de uma outra forma. Mais simples.



Como já foi lido neste blog (Salve Shak), a infância é a sabedoria plena. As coisas são como elas são na alegria da ocasião. Depois, aprendemos que mais tarde teremos que andar com as próprias pernas. Se ficarmos doente, não poderemos mais chamar a mamãe para fazer nosso chazinho ou cuidar da gente, e isso serve para TUDO! Sinto as vezes que nascemos e morremos sozinhos. Mas logo mudo de opinião pois me deparo com amizades, relacionamentos, e outras coisas que duram para sempre.

Logo em seguida, vem a escolha da profissão (tem coisa mais cretina que isso?), o que você vai ser quando crescer, em que área vai querer trabalhar, em que setor você vai ajudar a nação, ou não? Eu tenho a impressão de que é nesse momento que as pessoas começam a se perder. Tudo fica mais difícil e confuso. Assim que você decidi o que vai fazer, a primeiríssima pergunta que sobe a mente é – será que é isso mesmo? Uma coisa que gosto de comentar é que quando essa dúvida vem a cabeça, muitas outras aparecem de bandeja, como – eu estou feliz? Que caminho eu trilho? Calma vai dar tudo certo. Vai mesmo?

Agora vocês estendem a observação sobre a escolha da profissão né!?

OK, escolhemos a profissão, nos definimos como pessoa e queremos agora nos definir profissionalmente, difícil na minha opinião. Legal, consegui um trampo na área que eu queria, estou recebendo relativamente bem. Estou pensando em viajar o mundo, morar em um AP bacana, namorar a menina perfeita, ter uma vida pacata, quem sabe até um filhinho!!! OW, se liga mane, você parou no trampo. Tem muito o que conquistar antes disso, ACORDA! É bastante coisa né galera. Agora para um segundo, feche os olhos e pense no seguinte: independente de qualquer coisa, vocês já repararam em algo que te deixe completamente BEM? Mesmo se for sozinho, já? Estou falando de coisas simples, que não tem dinheiro que pague ou que possa proporcionar. Geralmente um momento onde você pode pensar nas coisas sem ter que se preocupar com NADA. Sei lá, caminhar em alguma avenida de sua preferência ouvindo o som que você mais gosta. Ou ir para algum lugar que te deixe bem e ficar ali por horas, pensando nas coisas boas da vida, quero dizer, um momento seu e só seu! Continue procurando. Você acha. Tenha certeza. FIM.

Interessante, esses dias eu estava andando na Av. Paulista e comecei a olhar todo o movimento dessa grande avenida. IMPOTENCIA. É muita gente, são muitas vidas! Me entende? Pensamos muitas vezes em fazer alguma revolução no País, ou achamos que é só assumirmos o poder e ditar as regras. Engraçado. Pára e pensa em você criança. Olha pra avenida. Criança. Avenida. Infância. Paulista. Sacou?

Desde que nascemos temos milhões de desafios pré traçados. Então é o seguinte, vamos fazer um pacto: a partir de hoje, todos nós vamos lembrar do seguinte, O NÃO NÓS JÁ TEMOS!!! Por que não arriscar? Por que não tentar colocar a bola na gaveta? Por que não, tentar fazer uma coisa que sempre quisemos fazer? Por que não chegar naquela menina que te da frio na barriga? POR QUE NÃO??? Temos que arriscar mais, viver no limite. Arranje tempo, já ouvi isso de alguém antes (rs). Você tem tempo pra beber ou pra mijar, então você tem tempo de fazer o que você quer e tem medo de fazer.

1, 2, 3 e já! Nascemos, engatinhamos, caminhamos, aprendemos, andamos com as próprias pernas e temos vontade de saber mais. Se você sente isso, ARRISQUE. O que você tem a perder? O NÃO VOCÊ JÁ TEM MANÉ!

Agora é com você! Comece a enxergar cada dia como uma página em branco, o que quer que saia vai ser uma obra de arte, obra prima. Você tentou. (e se não conseguiu, cresceu com isso!)

Então vai lá – 1, 2, 3 e já!


Gustavo Galuppo