domingo, 30 de maio de 2010

O momento, a passagem e o vôo


Outro dia, nessa semana mesmo, acho que uns 3 ou 4 dias atrás, decidi que já era tempo de retirar o texto anterior...

Pois é, acho que coisas muito pesadas não foram feitas pra ficarem expostas por muito tempo. Não somam. Mas subtraem bastante. E nesse intuito, lá fui eu publicar mais um, afim de que o anterior sumisse. Penso daqui, escrevo dali...a frase que me guiava era alguma coisa com o significado de que 'coisas ruins mtas vezes são necessárias, apesar de desconfortáveis'. Pelo menos acho que era isso.


Escrevi o bendito texto. E na hora de salvar: clic (barulho da tecla pro link de publicação - link esse que além de publicar o texto, salva)...clic...clic...clic...clicclicclicclicclicclicclicclic...

SONORO: -PQP!!!


Nada de salvar. Nadinha. Perdi o texto.

Primeiro raiva....Depois, com um ar de conformismo soltei:

-Nem tinha gostado tanto mesmo.


E o mais bacana, é que se perdeu mesmo. Claro que havia gostado de algumas (poucas) (bem poucas) passagens, se em comparação com outros textos. Não estava inspirado, só queria retirar o anterior.

Achei que ainda não era hora.

Hoje é.


Depois de um dia bem conturbado, bem corrido, mas satisfatório ao extremo, volto á estar em paz comigo. Com quem sou. Com o que estou fazendo. Com o que me vejo.

E era esse espírito que queria deixar neste texto. Na verdade, queria deixar no outro.

Mas ainda não era tempo...


Agora é.


Adorei meu dia, meus afazeres, minhas aspirações. Na verdade, quando retiro o peso do 'ter que' que mtas vezes eu sinto me colocarem, e muito mais vezes, eu me coloco, produzo muito mais e vivo muito mais em paz.

Tudo fica muito mais simples.

Situações que precisam ser expostas são. Exposições e debates desnecessários não são alimentados e estendidos. Não ME exponho á outras tantas situações. Me mantenho exatamente no meu real tamanho e momento.


Adoro pensar que estou voando. E realmente, quanto mais alto se parece menor. Ainda bem que o que me importa ainda é o vento no rosto, e a sensação de vastidão me envolvendo, do universo e todo seu infinito passando, acariciando minha face, meus dedos.


E a vida segue. Não como um sonho, mas como a vida.


Afinal de contas, NÃO É UM SONHO. É A VIDA PROPRIAMENTE DITA. Tudo certo, desse jeito mesmo...

Mesmo muitas vezes não estando tanto.


Mas se não está ainda, está á caminho. Isso é um fato.


Simples assim.

domingo, 23 de maio de 2010

Caça ás bruxas





Nova coleção de histórias para adultos. A primeira segue abaixo.
(Não sei quando haverá outras, mas com certeza serão escritas.)

*Qualquer semelhança entre personagens e pessoais reais é proposital e intencional, não sendo uma coincidência.







Caça ás bruxas


Era uma vez, uma garota muito infeliz e que sofria terrivelmente por ser quem era.
Desde pequena, não conseguia se aceitar, com seus longos e mal tratados cabelos ruivos, sua tez branca como o leite e suas sardinhas que mais pareciam início de ferrugem em seu entristecido e mal ajambrado rosto. Seu corpo era desproporcional e flácido, barriguda, seios grandes e aparentemente molengos, beirando o estado líquido (!)...algo bem escroto de ver de roupa. Bizarro e impossível imaginá-la sem. Seu nome era Cássia.

Cássia, no decorrer de sua juventude, não possuía muitas amigas. Era muito 'ela mesma' para conseguir isso; deixe-me explicar melhor: fofoqueira, intrigueira, mau-caráter, talarica, sem-vergonha, suja, aspecto doentio, desequilibrada ...


Por isso, em sua juventude, conseguiu um único amigo. Seu nome era Ximbo. Desde o dia em que Cássia conheceu Ximbo, sabia que morreria ao seu lado. Ximbo era sempre solícito, compreensivo, amigável, prestativo. Estava com Cássia em todas. Desde as aventuras sexuais mais loucas, passando por segundas-feiras cinzentas e nada estimulantes, até domingos ensolarados e repletos de vida. Os 2 não se largavam.


Por um tempo, Cássia desconfiou que Ximbo estava lhe fazendo mal. Tentou se afastar dele, sem muito sucesso. Não mudava seus adjetivos, seu modo de ser. Continuava falando da vida alheia por falar, envenenando relações e pessoas amigas por pura inveja e posse. Falava mal de todos, principalmente de uma pessoa que se chamava Marcatraz. Marcatraz era vítima sempre de comentários maldosos e desgastantes por parte da pequena Cássia.


Por fim, a única que topou aguentar e tentar ajudar Cássia, foi Marcatraz.


Cássia ainda teve várias passagens constrangedoras e vexatórias, como a venda de uma medicação controlada para uma conhecida, que foi parar no hospital quase morta. Tentou transar com todos os caras comprometidos e conhecidos, depois os não comprometidos, e por fim, os que a aceitassem...sem sucesso. Tentou transar com mulheres também. Travestis, animais, leguminosas e escapamentos de ônibus até!!


Nada satisfazia Cássia. Nada a fazia feliz.


Todos se afastaram de Cássia. A última notícia de Cássia, foi uma intriga nova sobre um cara que não a conhecia, para sua ex-esposa. Tudo por uma busca louca por evidência e notoriedade. Pena.


Mas, é necessário em muitos momentos, apenas 'sentarmos e olharmos os corpos passarem', como me foi dito.


Qual o final dessa história?


Muita infelicidade, tristeza e sentimento de derrota e auto-aversão por parte de Cássia, sendo um depósito de doenças sexualmente transmissíveis, que acabará morta, em mais ou menos capítulos, ao lado de seu fiel e ÚNICO companheiro real: XIMBO. Para aguentá-la, todos descobriram que só Ximbo era capaz. E ainda assim, bem cheio. Fizeram a dupla mais consistente e unida de todos os tempos: Ca-XIMBO.


Os outros atingidos pelos estilhaços, passarão um tempo cuidando das feridas, mas ficarão bem.

A pequena, infeliz, frágil, perdedora, vadia, doente e desenfreada Cássia?


Não. Nunca.

domingo, 16 de maio de 2010

4.o passo


'Rape me, rape me my friend...
rape me .... rape me..again..
I´m not the only one...
I´m not the only one
I´m not the only one
I´m not the only one,
Taste me..do it and do again...'
Se alguém entendesse metade do que o Kurt cantava, o mundo seria mais budista.
Certeza.

Demorei mas voltei. E no melhor surto lógico e otimista em HTML, vou deixando esse aqui:

Tava tentando chegar nessa virada cultural...que de nada tem em cultural. Uma pá de gente feia, bêbada, mijando na porta dos outros, se pegando na frente de qualquer um, um monte de gente 'cocainada'... Mas é melhor divulgar a cultura através de pão e circo do que reprovando alunos semi-(80%)-analfabetos nas escolas públicas.
Compreensível pro nosso país hipócrita e sub imundo desenvolvido.
Sem hipocrisias. Sem poder de compra. Sem dignidade. Sem 'nós'.

Escutei hoje um cara falando que está vivendo os últimos 15 anos intensamente. Olha, me identifiquei com ele, com exceção do tempo, claro.

Já namorei, quase morri de amores, já odiei para sempre, fui feliz quase até a morte me separar, já quis matar, morrer, já bati, apanhei, corri, fiquei, sorri, ganhei, perdi, fui pai, fui filho, não fui nada, quase morri mesmo, não dei valor á nada, fiquei com cagaço de sair de casa, já usei drogas, já parei, já fumei, já parei, já voltei e já parei de novo, já pratiquei esportes, já tomei um copo de coca-cola ás 09:00 da manhã, já fui pra fora, já quis morar na praia, já morei um tempo na praia, já sumi um tempo, já fiquei tão perto que era melhor ter ficado longe, já caguei e acabou o papel, já achei que fosse explodir de tanta alegria, já fiquei com dor na barriga de tanto rir, já estive com amigos em velórios e momentos difíceis, já vi meu pai trocar de coração, já o vi quase morto, já o vi em coma, já 0 vi sorrir de novo, vi o coração novo chegar no dia do meu aniversário (!), já vi ele esquecer 6 aniversários seguidos meus, já fiquei puto da vida, já não quis ter o nome dele, já perdoei e tive raiva de novo depois, já vi minha mãe chorando, já a vi sorrindo e orgulhosa, já achei que poderia satisfazer todos, já achei que não poderia satisfazer ninguém...

já quis viver de brisa, já quis ser homem de negócios, já quis usar terno, já quis só usar chinelo, já achei que tinha milhares de amigos, já achei que havia perdido todos, já achei que ia acabar sozinho, já fui vítima, já fui vilão, já quis ser forte, já quis ser fraco, já fiquei longe da minha filha, já fui traído, já traí, já fui fiel também, já fui enganado sozinho, já enganei sozinho, já me perdi, já me achei em partes só, já achei que num tinha mais jeito (ás vezes eu acho), já sorri por sorrir, já zoei, já me zoaram, já chorei sozinho, já berrei pro mundo, já berrei comigo mesmo, já maltratei, já fui humilhado, já humilhei, já tive vontade pedir desculpas e pedi, já tive vontade e não, já senti inveja por alguém que se deu melhor, já desejei o melhor sinceramente, já vibrei por uma conquista do outro, já fingi também, já briguei com amigos, já voltei a falar com eles, já percebi que alguns não eram amigos o suficiente, já achei que não valia mais á pena aquele amor antigo, já achei que era a única coisa que valia, já chorei do nada em frente ao computador me achando um perdedor, já saí na rua me achando o imperador do mundo por alguma conquista tão pessoal e ínfima que ninguém entenderia,já achei que os outros só conseguiam ser felizes sem mim, já achei que era insubstituível, já não ouvi conselhos e ensinamentos de mãe e me dei mal, já me dei bem poucas vezes sem eles, já quis só um conselho da minha mãe e ela não estava perto, já chorei no colo, já fui o porto seguro, já fui ouvido, já fui ombro, já fui pau, já fui coração, já quis muito uma coisa e bati o pé, já vi uma coisa que eu não valorizava ir embora e dei valor, já perdi e não liguei, já não quis só por birra querendo por dentro, já morri por dentro, já renasci, já quis ser médico, doutor, jogador, lutador, médico, advogado, já quis só ser anônimo, já quis ser celebridade, já senti amor por uma coisa que passou, já senti saudade, já fiquei pensando o que eu falaria pra alguém que me falou merda e não reagi, já fiquei pensando o que falar pra uma pessoa que falei merda e não me falou nada, já deixei pra amanhã, já quis resolver pra ontem, já trabalhei, já fui demitido, já quis passar pano, já quis resolver de fato, já fui moralista, já fui imoral, já fui sujo, já fui transparente demais, já dormi na rua, já dormi em hotéis 5 estrelas, já pedi dinheiro, já doei querendo, já doei para impressionar, já doei sem ninguém saber, já não doei podendo, já dei o último trocado do bolso e me senti bem, já me arrependi por isso também...


Já vivi tantas coisas, vivo tantas coisas, acho tantas coisas, acredito em tantas coisas...vejo tantas coisas...

Que hoje quando um imbecil me perguntou no meio de uma discussão: e você, é o quê? Pensei tanto, mas tanto, que entendi que seria besteira responder. Sorri, senti raiva, pensei, tive pena... entendi que nem todos foram feitos para pensar... pensei que o melhor de tudo é aprender em carreira solo...

A maior salvação de todas, é saber, que isso é só o MEU ponto de vista. E isso me soma um monte de pontos, e me alivia um monte de outros. Me transporta pro lugar exato que cada ser humano tem. O de só mais um ser humano, no ciclo (pelo menos aparentemente) eterno, do ciclo do planeta 'EXISTÊNCIA'.

E é bom lembrar também, que não importa quantas perguntas eu faça, É DE SUMA IMPORTÂNCIA SABER QUE NÃO OBTEREI TODAS AS RESPOSTAS...E QUE AS REGRAS DO JOGO SÃO SIMPLES: EU FAÇO AS REGRAS.E VIVO DE ACORDO COM ELAS. PODENDO MUDÁ-LAS, ADAPTÁ-LAS OU QUEBRÁ-LAS. E QUE NO FINAL, TUDO VALEU... DESDE QUE EU ME MANTENHA HONESTO E FOCADO EM APRENDER. E ERRE ERROS NOVOS.


BOM DIA E BOA VIDA Á TODOS!


E QUE CADA UM SAIBA O QUE É... E PONTO.


Arthur



'Um dia todo ser humano, inevitavelmente vai se deparar com o seu verdadeiro eu. Pode ser o momento mais feliz da sua vida, ou o mais lastimável. Ou algo entre os dois... Mas é inevitável que um dia esse momento chegue. E quando chegar, você vai saber e vai se olhar como nunca olhou. Verdadeiramente.' (adaptado de Pablo Neruda)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

V.I.D.A. - (VERSOS INTIMOS DE AUFORRIA)


Tô bem aqui de novo: de frente pra tela do pc, mais um do povo,
Pensando, penando, pesando todos os fatores circunstanciais, o novo,
pensando se de verdade eu saberia viver com a tal - paz, que eu peço,
se sonhar não é uma espécie de retrocesso, - aliás, o mais irônico da vida é que é tipo lei, se está sempre em algum processo, - e mais, se você não entende eu te entrego, - jamais nego, conhecimento adquirido é pra ser divido e não retido, isso faz com que nos concentremos e não nos resumam igual um café expresso,

Publicando algumas linhas entre pensamentos extensos,
É que por algumas rinhas, continuo no descontentamento,
em ficar parado, esperando muitas vezes o ilusório, os futuros lamentos,
Daqui á pouco eu não tô mais e quem vai nutrir os meus rebentos?
Ando pensando e pesando cada atitude, cada frase, cada momento, cada palavra,
pra alcançar alguma virtude e não morrer correndo atrás do próprio rabo, buscando e suando, pra não somar em nada...

A minha mente é workaholic, não para de trabalhá,
acelera bem mais que o sonic, tenho que me fazê publicá,
a rebeldia me assalta, muitas vezes me afastando do que querem escutá,
mas eu escrevo pra quem entende, e sei que entendem, esses sim me fazem continuá,

Vou rimando e me expondo, mais do que mulheres nuas,
não me incomodo com críticas, mas sim com afagos e beijos de Judas,
que querem que eu não prospere, mesmo não concorrendo com as suas,
habilidades e trabalhos,
a maldade anda com calma afim de encurralar desesperados nas curvas,
Por isso ando calado, mais que sabedoria, experiência e vivência da rua ...


- TRECHOS DA NOVA MÚSICA. (Claro, em processo de expansão...)

Obrigado e se alguém me seguir com assiduidade, desculpe a ausência temporária.
Já passou.