quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Insônia

''O que move a evolução não são as respostas e teorias encontradas que explicam quase tudo. São as perguntas.''


Quando eu vou, vou pensando coisas, fantasiando cenas, imaginando possibilidades. E vou 'indo' também. Muitas vezes me arrastando. Muitas vezes em primeiro, correndo ao melhor estilo Paul Tergat. Oscilação.


Nunca é o que se imagina. Ás vezes, minha própria imaginação me bloqueia; me trava; me gela. Gélidos pensamentos. Cagaço-literal. Quase me borro.
Nessas vezes, não vou. E perco a oportunidade de rir de mim, desses medos que teimam em querer me puxar para um lugar aonde não estou. Nem pertenço.


Quando eu vou, vou com o coração. Alerta aos mais novos que teimam em querer opinar sobre mim e outras pessoas que os cercam sem conhecê-los direito: 'Cuidado, meus jovens, cuidado...'.


Nenhuma imbecilidade é tão suprema quanto a da juventude. Vejo e convivo com muito disso ainda. Ás vezes me dá um pouco no saco, pra ser bem sincero. A necessidade de auto-afirmação de alguns me enoja, pra ser mais sincero ainda...

Quando estou indo, muitas vezes mal vejo o que me cerca. Hoje um pouco mais, já que muitas vezes lamentei o fato de não ter dado mais atenção ao trajeto, ter focado demais o final. Para perceber que não tem fim. Nada tem. Nunca.
O acúmulo de lembranças, situações. Muita coisa pra um coraçãozinho só. E pra uma cabeça também.

Sabe, hoje dei risada... Passei como bobo. Situações cotidianas, ganância-descontrolada-juvenil-que-não-tem-idade. Ri. Claro que me aborreci um pouco, até entender o que estava acontecendo. Depois gargalhei. Não preciso de muita coisa para ser feliz. E isso incomoda. Já percebi. Passo como mulambo, desleixado, besta. Mais velho e babaca. Tsc, tsc, tsc...


(E lá vem mais um amanhecer) - PAUSA.

Poderia falar aqui por linhas kilométricas o ''quando/como' eu vou'', o 'estar indo'. A pergunta que fica é: E quando eu tiver ido?
Parece até presságio de que algo vai me acontecer. Mas é só coincidência. Ninguém me falou nada muito menos pressenti que vou morrer, caso isso venha a acontecer. Vai saber...


Que que eu deixo? O que é que fica? Meu mesmo... Você que tá lendo isso está me entendendo? Está entendendo onde eu quero chegar? Tomara...

Vamos lá...
Ficam minhas letras, refletindo minha visão sobre tudo que tive tempo de escrever. Fica meu sorriso pra quem o viu. Minhas piadas bestas, que muitas vezes arrancaram sorrisos em meio á tristezas e agonias muitas vezes suburbanas. Meus medos vão embora, sem nem terem se tornado realidade. Meus sonhos também. Minhas amizades... 'Meus amigos são tudo pra mim, enfim...'. Minhas músicas baixadas e bastante escutadas. Meus vídeos de jj.

Muita coisa ficaria, se fosse hoje. Mas não é. Se Deus quiser e eu me esforçar e comportar, não vai ser.

Estava pensando antes da insônia atacar: 'me acho muitas vezes fraco... Mas passar por tudo que eu já passei e passo, suporto...foda!'
Mas esse não é o ponto. O ponto de reflexão é: Se ainda passo e suporto muita coisa, com toda essa energia e força que tenho (afinal, muitas vezes são coisas bem pesadas), não ficaria muito mais fácil e cômodo mudar? Muito mais 'evolução'.


Prezo muito isso.

E muitas vezes, o mais enlouquecedor é enxergar a oportunidade, a necessidade e não saber o como. Não ter o 'Know-how' da parada. Sinto mais raiva dele pela falta e ausência nesse ponto, do que no resto - grana, comida, viagens, compreensão e afins. Mas me acomodo muitas vezes em culpá-lo por isso e permanecer nisso. E está claro que isso pode ser um fato, uma realidade. Mas não é o fim. Se eu não quiser, não.



Sabe pessoas que você daria um braço por ? E hoje não arrancariam á força um cuspe? Não a força de expressão, o literal. Esquece. Muito complicado para explicar para a internet.


Bom, fica aí pra pensar : E quando eu tiver ido ? E quando VOCÊ tiver ido?

Tomara que dê tempo de gravar o que eu tenho aqui, pra ficar a minha voz meio rouca ecoando em algum ouvido atento como o meu, no conteúdo. Na evolução.


E ao melhor estilo Robin Willians,

BOM DIA VIETNÃ !!!!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

SILÊNCIO


Sempre pensei em escrever. Sempre, há muito, muito tempo. Demorei para começar. Não por algum motivo especial. Medo. Insegurança. Não sabia o que escrever. Sabia, mas tinha tanta coisa, que não saía nada. Como pessoas tentando sair de um quarto pequeno em chamas. 5000 pessoas juntas. Existem tantas coisas que eu almejo fazer. Viajar, conhecer, realizar, gravar. Morar fora. Estar perto. Ao mesmo tempo!


Algumas não realizo porque me sinto em obrigação com a pessoa á quem devo tudo. (E isso não é prisão. É escolha consciente. Sempre fomos nós 2. E essa não posso decepcionar. Nunca! mais.)

Literalmente tudo.

Outras não realizo por medo. Cansaço. Por assuntos internos não resolvidos, que enquanto eu os chamar de 'besteiras' ou não lhes der o devido tamanho, não sairão nunca.


Estava aqui, eu e minhas histórias. Estávamos vendo o capítulo final de uma série genial.

E me dei conta de mais uma coisa: vivo fora da realidade. Na verdade, não me maquio fingindo saber tudo que é bom e necessário. E não finjo que dou valor a tudo que tenho que dar valor. Demonstro conforme vou aprendendo. Sempre fui assim.

Não preciso ser inocente para ter o coração puro. Não tem a ver com inocência e pureza; não é isso que estou dizendo. O que estou dizendo é que tenho a transparência de uma criança.


Exemplo: Nunca entendi o valor de família. Desde pequeno, nunca mesmo. Desde pequeno, tive sempre uma família de uma pessoa só. Não que a outra pessoa não estivesse nunca presente, abandono total. Isso não. Seria mentira e sem vergonhice da minha parte falar isso. Mas estava na proporção exata que estou hoje para a minha filha. E com certeza, este não é o melhor jeito possível. Fato.

Muita coragem para escrever sobre isso. É bastante necessário.


Fico assistindo as pessoas passarem, fazerem, viverem. Acho sensacional. Admiro muito. Existe gente que parece que já vem programado (no melhor sentido da palavra). Ouve bastante. Aprende. Tem suas metas traçadas e claramente definidas. Buscam-nas com vigor e pujança, como se fossem uma tropa de 'Hércules' modernos. Vivem estritamente dentro da realidade.


Tenho um problema com isso. Neste ponto, a rebeldia me assalta algumas vezes ainda. Para ser sincero, muitas vezes me sinto bem diferente nestes pontos. Não sei ao certo o que pensar. Só aprendo depois de quebrar a cara. Estou aprendendo a escutar agora.

Não acredito em tudo que me falam. Até nas coisas que deveria.

Começo a entender e admitir alguns problemas e dificuldades agora, depois de anos com um paralelepípedo nos sapatos. Ou melhor, com aquelas bolas de concreto dos presos norte-americanos me acorrentando ao mesmo lugar. Resistência á mudança quase nunca é bom.


Acho sensacional a liberdade batendo na cara. A liberdade de poder mudar, dividir isso, mesmo sendo com o mundo inteiro. Na verdade, o mundo não me incomoda. Só as pessoas que conheço.

Não existem condições ideais. Nunca existiram. Para mim, é utópica qualquer condição muito favorável. A condição interna tem que ser. Primeiro dentro.


Não quero passar a vida correndo atrás do próprio rabo.


Vejo valor hoje na minha família. O peso que isso tem. Minha mãe sorrindo. Sei o quanto pra ela é difícil sorrir, por tudo. E ainda sim, sorri. Não se entrega. É a pessoa mais disciplinada, obstinada e perseverante que eu já conheci ou ouvi falar. Serve de coração. Vale por uma torcida inteira. Faz muito mais do que pensa. Coração de leão? Não... coração de leoa!!

Quando vejo meus primos. Quando lembro do sorriso da minha filha. Quando vejo um amigo que há anos não via. Com sua filha. Quando brincamos. Sorrimos.


O tempo para. Nada importa mais.


Quando penso em família... me vejo só ainda. Não porque não tem ninguém comigo. Sempre estiveram. Eu que nasci sem habilidade para viver. É exatamente isso. Inadequado, desconfortável. O que já aprendi, tiro de letra. O que não realizei, eu gostaria que me desse gana, mais ânimo. Ansiedade em concluir.
Mas não é isso que sinto ainda. Atenção: AINDA.

Até quando esse medo irracional vai me podar?

Até quando eu não me permitir errar e me aventurar sem o controle. Acho que é isso. Se souberem mais respostas, me falem. Ajudem um cego á enxergar.

Nascemos livres. Eu também. Nasci para viver o que há de melhor.

Corremos atrás de tantas coisas para atingirmos essa liberdade. Atrás de dinheiro, para termos liberdade financeira. Atrás de maturidade, para termos liberdade emocional. Atrás de pessoas, para termos liberdade de nós mesmos. Atrás de passatempos, para nos libertarmos da rotina monótona...


Sabe, uma vez, mais novo, uma pessoa fez meu mapa astral. Nunca acreditei nessas coisas (e continuo não acreditando!). Mas ela me disse que eu teria dinheiro para viver confortavelmente, mas não em excessos. Nada de faltas, mas sem absurdos. Fico pensando desde então nisso. Se não me faltar para comer, morar, me locomover, estudar, me distrair, me aperfeiçoar e me divertir... Vou ser rico!


Se eu gostaria de excessos? Claro! Sem hipocrisias.

Mas acho que excesso de grana em alguns casos é muito perigoso. Muito mesmo.
Não sei se esse é meu caso. Mas vou adorar descobrir. Vou em busca disso.

Ás vezes tenho a impressão de estar sempre á um passo de estourar a boca do balão.
Portanto, a meta para este ano é me apoderar do que é meu. Literalmente. Pegar o que me é devido. Usufruir do que eu tenho e não estou usando. Das faculdades guardadas. Da retomada de algumas qualidades que estão no armário.


Nascemos livres. Uns mais, outros menos.


Eu tenho que lutar comigo mesmo para me transformar em homem livre. Nada fora me para. Nunca parou. Não pode. Nem se quisesse.


- 'É isso que tem p'ra hoje, senhor.'

Então, reza e agradece.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

'Sobrevivendo ao Tempo'




Olá leitores do blog, amigos e Mãe.
(Só pra descontrair, afinal de contas...minha mãe não mexe direito na internet ainda e nem tenho tantos amigos assim! - mas não estou reclamando não. São os melhores que eu consegui sendo eu mesmo.)
Nesta postagem, seguem trechos da mais nova música acabada.
Título: 'Sobrevivendo ao Tempo'.
Composição: Jackal com participação (e idéias excelentes) de Gus-da-rima.

Espero que gostem.
(Como já sabem, por ainda não estar gravada, nem registrada, somente trechos. Aliás, só se registra depois que grava. Um toque pra quem tiver essa dúvida).



Sobrevivendo ao Tempo,

...esse é o ponto crucial meus amigos
O que eu faço...o que eu sinto...

Carregador de convicções, carrego a ...
...dinheiro, poder, mulher ou ilusões ...mundanas, somente ...

...conquistas pessoais
Latrinas intelecto-emocionais...
...fogueira das vaidades consome quem sofre com a fome de poder,
Há anos abandonei o sonho Ter e iniciei o projeto Ser ...

...isso aqui é uma missão, e mesmo que sem talento,
Não tenho como parar, to no ringue e não me contento... em apanhar,
Rimar é despejar em versos o que vem em forma de tormento...muitas vezes,
Que teve... Que sair do melhor jeito...quer melhor que música pra tirar alguma coisa de dentro do peito?(...)

... tá fechada ... eu vivo sobre ... contra o tempo

...separo, caso, a minha mente enxerga o raro, presente
O faro, aguçado, de quem sempre foi a presa...

...não se muda o cosmos, somos só o que podemos ser,
E se muda, é porque não era. E se não era, não se iluda...

Vivo pra buscar o meu momento.

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Espero que tenham pelo menos entendido a intenção da mensagem.
Sei que fica complicado, mas...
...E rezem para ser gravada logo. Eu estou rezando.

Obrigado pela compreensão.

Acid T.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Under the ground


Essa é pros meus guerreiros, pros contrabandistas, pros procurados e não encontrados.

Gângsters modernos, Originais também.
Sempre com o passo lento e premeditado.

Essa é pros que estão á beira do abismo fumando 'S' e sorrindo. Ex - In - Conscientes também.
Me mostre algum amor, querida. E dance. Show me love e Ska-Ba-Dar.
Eu queria voltar um tempo. Só um tempo. EUA? ou Eu? A.
Sonho de mãe... Não sai da cabeça!
Eu quero que me ensinem á crescer. Mas não passa nenhum programa sobre isso na TV...

Me ensinaram, numa guerra, a não correr. E agora eu colho os L's disso - os louros e as lágrimas escondidas. Vencer ou não, pode acontecer. Deixar o oponente ver minha tristeza no semblante? Nunca. Não isso.

Só pergunto: e com a paz o que eu faço? Crio uma guerra? Mudo de bairro? de vida? de amigos? Sorrio o sorriso falso como os das fotos 3x4?
Acho que não...

Lá de Manhattan até a Aclimação. O imperador está de volta. Sorria, baby. Pode se soltar. Não estão olhando. E se estiverem, pode falar que foi uma alta nas ações. Que a economia aqueceu.

E você, filho da puta. Se está com medo, treme. Se está com sorte, caminha. Aqui não é a barra de pesquisa do google. E pra chegar até aqui, eu suei.

Dou risada de tudo isso. Pode me trancar, cara. Mas já te adianto, não vai trancafiar o meu pensamento. Nem o meu barulho. NUNCA.
Faço barulho mesmo. Sempre.
Essa é a luta universal. E você vai ver quando chegar até a grande massa. Você ainda vai ver. Aí da sua TV Led. Baturité St. E vai sorrir. De novo. Espero que esteja esperando mais perto.


Enquanto isso vou enlouquecendo com a minha mente. Admirando o que sai e o que fica. Não confiro. Não é um carregamento com nota fiscal. É tudo ilegal. Contrabando milionário. Cargas valiosas que valem bem mais que metade do valor.

Nem eu, vejo quando sai. Não planejo. Pode parecer perfeito como a fuga de Fox River. Mas não é um seriado de TV. Por isso me esforço pra não errar. Aqui não são roteiristas pensando. Não tem equipe pra protagonizar essa saga. Por isso, aqui os erros são caros. Os erros aqui podem custar vidas. Não pro chão. Se arrastando através dos anos. Zumbi. E não é dos Palmares.

Por isso eu falo e canto alto. Buffalo Soldier. For all. Quilombolas da metrópole, um dos seus está aqui. Pronto para tudo. Musicando muito mais que as bases, as mudanças.

Minhas palavras voam pelos alguma-coisa-bytes. Sorriem quando leêm. Tô cagando pro contador do blogger. Isso é só manipulação e controle. Explodi o meu ontem.

Eu me acho aqui. Mesmo CEP. Hoje é mesmo I.P. também. Pros federais me acharem se preciso. Mas meu computador é um notebook. E minha internet é móvel. Para no caso de fuga, não perder dados e informações.

Quente. Muito. Fervendo, cara. Eu derreto tudo. E na boa, quem entende isso aqui sou eu. Pessoas entendem metade no máximo. Deveriam me ler como escutar uma música. Entendendo, sem concentrar. Atentos. Tudo aparece muito mais fácil assim. E beira a genialidade em certos momentos.
Um tempo pros meus guerreiros. Pros meus contrabandistas. Pros meninos da rua que escutam o que as ruas dizem. Seus medos e pedidos. A rua está cansada, cara. Pode ouvir.
Os que andam por aí observando caga tag de giz. Cada canto e cada quina que passam despercebidos, pra quem não tem tempo de olhar.

Para as gírias que expressam o que as palavras formais não alcançam. Como escadas para prateleiras em pés-direitos duplos, triplos. Como escadas de bibliotecas, que dão acesso á informação das alturas. Rumo á elas.

Observe os cantos também. Observe. Vai achar até o que você não quer ver. Tudo está tão na cara que fica mais difícil enxergar. Eu me levanto pra luta como o Sol pra brilhar. Coloca meu nome aí.

Olha pros olhos do cara que tá ali dormindo um sonho-alcoólico. Minha música sai dali. É da boca sem sorrisos perfeitos e retilíneos. Da coisa como é.
Da pechincha pra sobrar qualquer coisa. Pra pagar o justo sem pensar pelo que realmente vale. Dos joelhos que realmente acreditam no que passam em nome do perdão. Da amizade que sobrevive ao tempo, e se lapida em vez de desgastar. Porque colocam o lado ruim para corroer e acabar logo. E aí sim polir pra brilhar aos olhos do mundo.


Toda vez que eu penso nos reveses, me lembro que sempre tem metade de chance. Isso é sabedoria da sala de aula. Probabilidade. Estatística. Porcentagem e Análise Combinatória. Saber que eu posso o que eu quiser, desde que esteja disposto á pagar o preço, é sabedoria de vivência, vulgo experiência. Saber se o preço é caro ou não e estar disposto á não pagá-lo caso não compense, mesmo querendo o 'artefato' em questão, isso sim é sabedoria de rua.

A mesma que não sabe muito da escola com muros, mas sabe que a camada de valência é muito mais do que química. E que não se troca simplesmente por afinidade ou necessidade; qualquer coisa. Nada. Nem elétrons.
Que as famílias são na vertical. E os períodos sempre na horizontal. Portanto, os períodos atravessam e unem vários membros, de várias famílias, através da tabela. E que nem sempre ter mais é melhor ou mais estável.

Que não se soma sem antes ter sido ou no mínimo, tentado á, subtrair. Que só de não se dividir, já se está multiplicando. E que não é só a planta que gera seu próprio alimento.
Que a ciência e medicina está tão avançada que me fizeram com o coração e a força de um leão. Quando lembro, solto um rugido. A babilônia cala. Como o povo de Judá espera.

É o que se aprende entre as camadas de consciência que ficam. Entre as folhas mentais. Papel-arquivo-memória.
Que não se pode ser duro demais, senão quebra. Nem mole demais, senão escorre. Isso é botânica humana.

Eu sei, é sensacional meu! Vai contar pro seu amigo que você viu um blog que o cara escreve umas coisas meio nada á ver, mas que parece inteligente e ele fala meio difícil ás vezes. Que ele parece ser muito foda.
Não, não é sensacional... É preciso. Real. Ao extremo.
Irônico:
Quando vê o mesmo cara na rua, ou atravessa com cagaço, ou olha e rotula.

(- Ih, esse é 'mano'. Esse é arruaceiro. Esse é brigão. Esse é burro. Esse é ladrão, já que é tatuado. Esse já deve ter sido bandido. Pela cara de uma senhora outro dia, parece que fui a encarnação de Hitler! E ela ainda soltou: ' Pra gente tatuada tem empresas que não empregam né?' (Risos)
Respondi: É. Mas não estou procurando emprego mesmo. Estou produzindo trabalhos. Ela não entendeu nada. Eu sim. Fui embora. Metade raiva. Metade rindo. Legal é virar robô. Não pensar. Não viver. Só cumprir horários e morrer sonhando com algo melhor. Mas se você viver algo melhor, não se esqueça: cuidado com as senhoras pela rua!!)


Flexibilidade, Força, Resistência. Tempo.

Pra não envergar com o peso. E não se acomodar sem peso também e crescer pra qualquer lado. Aqui tem luz quase sempre. Foto-tropismo é visão real.

Eu vim disso. 27! Um cara que nem eu é exceção aqui. Vivo. Ninguém sabe nem da metade de tudo. Como essa cabeça chega. Mas ELA sabe. Acompanhou. Acompanhou sim. Amparou. Sem ser aparador. E para aparar a dor?

Tudo o que eu tenho certeza, em 2000 eu vislumbrei. Em 2001 testei, mas não acreditei. Em 2010 é fato comprovado. Literal questão de tempo.
Eu só vejo juízes batendo com o martelo; como donas de casa batem em bifes. Não passa de carne. Não para mim.


Isso me emputece, revolta, deprime. Cólera. Resistência. Rastafari. A mente está 'dredada'...
Sou cobrado pelo que esperam e nunca pelo que ensinam ou entregam. Na verdade me falam que só devolvem. Mas como podem me devolver algo se eu não tinha nada pra dar? Como alguém sem experiência de vida boa pode devolver flores? Só via flores em enterros. Vi algumas dúzias.

Do lado do Glicério, ao lado do centro velho. Do lado da Paulista. Centro financeiro e comercial. Status. Centro. Do lado da riqueza. Do lado da pobreza. Sei bem a divisão. Vivi entre a rua e carros de centenas de milhares de reais. Mansões de cinema e batidas policiais. Não necessariamente nessa mesma ordem, ou como aqui, na mesma f(r)ase. E isso não é uma função. Não mais. E nem 'isso'. Hoje tem nome. Sobrenome e busca profissão. Nasceu artista já. Mas isso não é profissão sem mídia... Não?

Você acha que 10, 15.000 me abalam? Nunca tive nada, xará. Estou aprendendo a construir agora. Estou no começo. Mas quando eu pegar o jeito. O mundo não vai me seduzir mais. Aparências já não me seduzem. Hã Hã. Não hoje. Franca expansão.

Eu posso estar cansado, mas eu não durmo. Estou de olho em tudo e cercando o território. Mais tarde a guerra chega. Eu sei. E estou montando meu exército.
Cavando minhas trincheiras. Que vão surpreender inimigos. Enterrarei-os nelas.
Premonição?
Déja -Vú.

Ah, minha roupagem? Falemos da roupa:
Minha roupa é larga mesmo. A verdade é que isso é feio e coisa de pobre se você não for da mídia. Riem. Rio por serem todos iguais. Igual Marley, rio.
Se for rico, chamam de estilo. Vira tendência. Coleção. Ganha as passarelas. Sou eu. Sempre foi. Continuo sendo. Pra quem quiser ver. Ou lembrar.
Eu vivo a parada. Eu sou o cara de boné e camisa larga que lê Patativa do Assaré, que não lia; e conversa sobre Madlib, compassos e sonetos. Bits. Sobre a Carta aos Coríntios.E Corinthians. E arte suave. Nem tão suave também converso. Jogo xadrez com o meu corpo.

Lembra do nome de rei, mencionado alguns textos atrás?
Você AINDA acha MESMO que foi á toa? Que é?

Eu sou perigoso. Mas não do jeito barato de compreensão instantânea. Aquele que não importa o que você comprar, não vai ter intenção que compre.

Escuto Aretha Franklin. E oro uma pequena prece pra você também.

Eu não sou marginal. Apesar de roubar mentes. Eu não sou gângster, apesar de ter um bando aliado e fechado comigo. Não beijamos no rosto. Matamos olhando no olho.
Não, não sou nada que normalmente você pensaria ou definiria. Não como realmente é. Sou. Soul.

Sorrio entre as engrenagens. Paro. Olho. Faço rir. Corro tão rápido que também faço curvas quicando de lado. Expresso o que sinto e penso sem palavras. Nobre vagabundo também. Desafio coisas e tento arrumar o que muitas vezes não terá conserto nunca. Penso muito no rumo das coisas. Essas questões me importam de verdade. Muito mais que meu bolso furado das calças surradas que também uso.
Mas embaixo da minha maquiagem esbranquiçada e do meu bigode e barbas pra me protegerem dos efeitos da vida, não querem realmente saber se correm lágrimas, apesar de muitas vezes me perguntarem se eu estou bem.

Para que saibam, mesmo sem querer: correm, vez por outra.

Igual qualquer palhaço dos tempos modernos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ENTENDIMENTO-OLHAR


Turbilhão. Poucas vezes suo assim. Parado. Nervoso ou Ansiedade. Intensidade também. Putz!


Passado é passado. Poderia ser Pretérito Perfeito. Mais que perfeito também. Poderia. HA - HA - HA. Imperfeito normalmente.


Nunca ME aliviei de nada. Nunca. Estou tentando começar á ser meu amigo. Ninguém consegue me machucar do jeito que eu faço. Aquele detalhe 'mágico' pra posição funcionar. Quem é envolvido com a Arte Suave sabe bem o que eu estou falando. Muito bem aliás.


Poucas vezes me vejo assim. Tão burro. Limitado. Perdendo. Tão ruim. Tão difícil de lidar comigo.


Escutei falarem de amor puro. Até aí, normal. Mas não escutei só. Enxerguei verdade no olho. Tão raro hoje em dia... Saudade. Bancos de prédio. Escada. Cantinhos com estrelas e Dave M. Band. Ben Harper. Meu olho encheu de lágrima. O peito apertou. Olhei pro nada. Respirei fundo. Ri. Sorri meio sem graça. Cara de homem. Olhar de menino. Quase chorei de novo. Lamentei. Desejei o bem. Amém.

O que que o tempo está fazendo comigo? E o que que eu estou fazendo com o tempo? Através dele ...

Ando sobrevivendo ao tempo. Pouca gente se enxerga assim. Eu só me enxergo assim. Sobrevivente. Rua. Guerra.


Difícil lidar com esse negócio de oportunidades. Ouvir outros falarem é mágico. Tenho tanta coisa para falar e adoro tanto escutar quem sabe do que fala ou é honesto de uma forma visceral que fico em dúvida. Será que vou achar isso de novo? Será?


Preciso descarregar um pouco aqui. A saudade. O tempo. A lamúria. Despejar na mesa de reuniões. Traçar estratégias. Entender pontos não explanados. Direcionar. Focar. Não adianta fuzilar nada. Um tiro, no lugar certo e bang! Mesmo efeito. Menos tempo. Um puxa o gatilho. O outro calcula as variáveis: Vento, distância, posição e angulação, tipo de projétil. Peso, Massa. Matemática e física. Fundamental pra felicidade. (Se não for a sua praia, estude mesmo assim.)


Meu Deus, como moleques são burros! Burros mesmo!

Como se pode ser tão burro por m2? Em um só?


Definitivamente, preciso me tornar mais amigo. Estou em processo. Fato. Mas, como toda guerra, essa deixa cicatrizes profundas também. Difícil de entendê-las. Se é que isso se tornará possível algum dia...


Como uma coisa boa, machuca? E reaviva a memória assim. De um jeito tão claro. Tão singular. Como o 'meu' pode ser 'nosso' dessa forma?


Somos Estados. Fronteiras, legislações, limites. Sanções.

Estados. Unidos?

... pelo desconforto.


Olhar de criança. Busca no nada a resposta. Claro que ela não vem. Nem veêm. Já veio e foi. Expulsa. Como poderia vir? Hoje? Nunca. Repito em voz alta pra quem quiser ler e ouvir: NUNCA.

controle. Olhar para cima. Respiração. Converso. Entendo. Abraça. Pensa. Cabeça á mil. Superego e ID no ringue, 2.o Round.


Oportunidades nunca são perdidas, muito menos desperdiçadas. Alguém pega as que não aproveitamos e vice-versa. Tem algumas que nos fazem lamentar profundamente. Profundamente.


Política retorna. Sorrisos contidos. Poucas palavras. Certezas explodem á cabeça. Um mar de distância. Um oceano de idéias. Visões. De possibilidades. Literalmente.

O suor abaixa. A cabeça martela. Péim! Péim! Péim!


Superação? HA - HA - HA...


Sem chance. SEM CHANCE.

Ou será que não existe uma super ação para isso?


AMOR, RAIVA, MEDO, DECEPÇÃO, FRUSTRAÇÃO, ESPERANÇA, VOTOS SINCEROS (EM PARTE SINCEROS, VAI!) MAS BEM ESCLARECIDOS.

ATÉ LOGO. LOGO? SEI NÃO.

NÃO COMANDO NADA. E TODAS AS VEZES QUE TENTEI, FOI MERDA ATRÁS DE MERDA. MEU DEUS, PRECISAVA ENTRAR NO MOLDE E SER FEITO DE NOVO...COMO PODE? OU PUDE?


Presidentes de grandes corporações, altos executivos e afins nunca me atraíram. Me atrai o que me diz respeito ao 'sistema'. Só.

Intimamente, só penso no helicóptero que corta o céu por sobre a minha cabeça.


Eu sonho ser Mãe! Mesmo não sendo profissão. Sonho mesmo.


Me entender sem palavras. Me fechar. Fechar o ciclo. Encerrar a parada. Mas não com esse final que a vida me deu. Está me dando. Escuto:' Quem sabe o que a vida nos reserva?'

Cansei de sonhar. Esperar vir. Não vem. E pra ajudar, quando vem eu cago e sento em cima... Aí ninguém aguenta. Nem eu, que não aguento quase nada ultimamente.


Idade é uma merda. Falta de idade, pior ainda. Não aprender com a idade, o fim. Definitivamente o FIM.


Será que tem razão? Será que vou achar? Puro? á essa altura?

Não acredito. Tento acreditar. Estou tentando. E quando a gente acha mas não está acessível? Como que a gente faz? Não adianta me colocarem um monte de perguntas, se não podem pelo menos, direcionar a minha busca pelas respostas. Não, não. Isso é a pior das vinganças. é cruel, até.


Nem sei por onde começar. Rasteira de capoeira. Vingativa. Cotovelo no peito e calço por trás das pernas. Cinematográfico.

Sou tão rua. Boné. Símbolo. Para prender o vento. Do cabeça de vento. Vivo com vento na cabeça. Dentro da cabeça. Nem sei o que fazer. Sei.


Aceitação é a solução? Talvez. Tempo? Certeza. Tempo-Vento. Nome e sobrenome.


Desconforto e também o Bob Sponja...


A arte final é do caralho. Pena que se tenha que abandonar os rascunhos.
O exposto deveria ser o rascunho. Muito mais roots. Muito mais sincero. O motivo e não o trabalho pronto.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Infância do futuro


O tempo...


Demora pra passar, pra gente ficar grande. Poder entrar no brinquedo do parque de diversão. Pra poder dormir mais tarde. Pra poder falar palavrão. Pra gente poder chegar em 2 dígitos na idade - poucos saem deles. Pra poder entender as conversas de adulto. Pra escolher comer o que a gente mesmo quer. Pra gente tomar coragem e falar com a menina que a gente namora 'mas ela ainda não sabe'. Pra gente ser astronauta. Jogador de futebol. Bombeiro. Pra gente rir das coisas que aprontamos juntos com aquele amiguinho. Que nem é mais tão amiguinho. Que o leite não vem da caixinha. Que a batata não é um palito.
E de repente começa o tempo á passar. Eu aprendo que não é 'eu não 'cabo' mais' e sim 'caibo' aonde eu costumava entrar. Que eu 'conxégo' sim, o que eu quiser muito e estiver disposto á buscar.

Começo a descobrir: Meus carrinhos, bonequinhos do comandos em ação ou He-man são legais, mas conversar (puta negócio de gente velha!), é muito legal também. Que meninas não são mais tão inimigas quanto eram. Que dormir é bom, mas ficar acordado fingindo que dorme e conversando, rindo de besta também, é muito legal. Que antes de dar um primeiro beijo, a gente escuta quem já deu falando e fica com a barriga gelada de tanto medo. E a primeira vez é estranho... falam tanto de beijo e o negócio tem gosto de baba!
Que aprontar algumas coisas, pode nos render castigos memoráveis. Memoráveis mesmo. Ou surras gigantescas. Lembro bem. Que fugir de alguma travessura com um amigo gordinho é uma merda. Sempre ele cansa mais rápido e nunca pula o muro de uma vez. E eu que não consigo correr sozinho, volto pra ajudar e sempre-quase me pegaram. Porque quando me pegaram, me dei mal de verdade.

Pêlos começam a nascer. Puta negócio estranho. Eu não tinha e queria. Quando começou a nascer na canela, nossa! Andava até de bermuda, com as canelinhas finas de fora só pra exibir a penugem. Pra depois a gente não querer mais tanto. Pelo menos em alguns lugares, que esses pêlos atrevidos nascem. Não mesmo. Ganha-se até uns 3 cm sem eles. Definitivamente.

Aí chega o ginásio. Uau. Semi-adulto já. Com 11 anos !!! (risos) Já sei um monte de coisas agora. Já descobri um monte. Sinceramente, ainda ficava em dúvida entre jogar bola ou conversar com meninas; no fundo mesmo, preferia jogar bola... Não entendia o porquê de 'ficar'. Achava legal, mas futebol era futebol. Pô. Entre baba e dribles, Olé!!!

Alguns começam a fumar. Outros a beber. Outros a dar o cú. Outros continuam querendo jogar futebol. Tirando o papo do cú, passei pelas outras 3 opções. Pra alguns anos depois descobrir mais coisas á respeito disso. Como o chão da rua é duro. E que tudo que minha mãe me falava, tudo - ELA ESTAVA CERTA. SEMPRE ESTEVE.

No resumo de tudo até hoje, ainda na casa dos 20, quase na dos 30, percebo várias coisas diferentes daquela época, claro. Outras iguais. Que eram boas e tinha esquecido.
Correria.

A luta, no geral, é para não deixar a vida me engolir. Não, não. Quando eu brincava com algum amigo e só. Quando conversava com um amigo, e só. Quando empinar um pipa, soltar um balão, queimar bombril e ficar rodando á noite, andar de patins, skate, bike, soltar bombinhas, ralar o joelho no asfalto com meu f-1 de rolimã era só isso. Simples, direto, honesto. Do jeito que tento me manter. Quando sexo não importava. Quando era só ser a gente, sem nada que os outros esperam de mim, influenciando. Me influenciando.

Ser amigo por ser amigo. Brigar e em 5 minutos 'dar o dedinho' e fazer as pazes. Hoje vejo brigas que duram anos. Ás vezes vidas. Quando se caía (já escreveram isso), e se levantava. Porque a brincadeira valia mais á pena do que ficar lá, estirado. Mais á pena do que ficar caído. Hoje vejo um monte de caídos. Me vejo muitas vezes também. Sem forças pra levantar. Ou será que vejo que a brincadeira não vale á pena? Pode ser também...

Hoje a pena para travessuras não são as palmadas da minha mãe ou broncas do meu pai. Vide as cadeias. Celas, super lotação, morte. PCC.

A minha turma do fundão era terrível, mas nem perto desses. Nós éramos arteiros. Artistas. Não marginais. Não mais.

Hoje quem corre atrás não são os vizinhos. É a polícia.



Hoje não veêm mais o filho da Dna. Vera e do Seu Oacyr. Veêm o Arthur. Indivíduo.

Sabe, numa boa. Nunca estive tão certo de uma coisa: O homem nasce sábio. Corajoso. Indomável. Invencível. Completo. Aí, com o passar dos tempos, vai perdendo. Deixa de ser inteiro pra querer encontrar uma cara-metade. Que porra de cara-metade, mermão!!?? Nasceu completo. Inteiro. Senão vinha só com 1 braço e 1 perna. 1 olho. 1 orelha(tomara que não seja meu lado esquerdo!). Sem coração. Seríamos incompatíveis. Mal respiraríamos.

Começamos a precisar de um monte de coisas que não precisamos. Implantado por outros homens em nossas mentes. Sabia que o espaço que a nicotina ocupa no cérebro, nunca mais será preenchido por nada? E que foi desenvolvida para este propósito mesmo?
Tipo: Venha para o mundo dos humanos...




Tempo, bicho doido! Demora pra passar e quando se vê, passou. Rima com vento, não é á toa. É sobrenome.

Ainda descubro coisas.

Mas não gostaria de guardar os medos, mágoas, cagaços, traumas que eu tenho. Mas esse é o preço da memória. Pra poder se guardar o sorriso da minha mãe. A risada roubada de lado do meu pai. A primeira respiração da minha filha. As vezes que abracei um amigo e encostamos em algum lugar pra rir. Rir que nem quando éramos pequenos. Rir sem o compromisso com o dinheiro. O status. A posição. Só rir.


Rir sem ter que ser independente. Já que a essência pode ser, mas independência é sinônimo de distância. Acreditamos na distância. Acreditamos?


Não dá pra saber. Não temos tempo mais para pensar 'nisso'. Este 'nisso' que nos tornamos. Supérfluos-superficiais.





Mestres de ilusões. Prefiro estudar e me tornar um M.C.- Mestre de cerimônia. Cerimônias são ancestrais.


As ilusões que o homem criou, como um monstro de laboratório, se rebelaram, fugiram e agora estão espalhadas pelo mundo. Através de texto e música tento exterminar com as que estão perto de mim e dos meus.
Igual os Caça-fantasmas e o papo do ectoplasma. Também tenho monstrinhos de estimação, igual o Geléia...



A infância é excelente, não pq não se tinha que trabalhar, era só brincar, comer e dormir. Isso não. Isso se consegue em alguns casos na vida adulta, e a cara dos adeptos nem sempre é de felicidade. Não que não seja feliz. Mas não é só felicidade.

Era excelente porque eu era um quadro em branco. Não tinha as marcas do arado na terra. Minha propriedade era plana. Não havia dinheiro, sexo e ego para me doutrinar. Este é o sistema. Te achei filho da puta! Te defini. Dinheiro, sexo e Ego.



A infância é a época de conhecimento absoluto. Voltemos á infância para obter as respostas que nos fogem e torturam.



A infância é a mola propulsora e o ponto de chegada. Que vivamos com os princípios da infância e com a sabedoria das experiências. Nunca deixaremos de ser a infância do futuro. Não vou deixar de ser puro, já que essa infância está muito 'espertalhona' pro meu gosto.



Afinal, eu só decido conscientemente quando conheço. Por isso que a gente cresce. Para conseguir agir com a sabedoria de um menino, sendo adulto. Conhecendo tudo e aí sim, optando pelo infantil, no melhor e mais puro sentido da palavra.

O olhar de infância está nos meus olhos. Certeza que não sou daqui. Certeza que já me perdi.
Já fui garoto, moleque, carinha...

Certeza que estou voltando a ser menino.

Menino.