quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mi compadre Pancho Villa


Confusão.

Tudo embaralhado. O baralho completinho, mas a cabeça...ai ai ai.


Soul music é que é música viu, o resto só passa de passatempo musical. Marvin Gaye, Aretha Franklin. Estava ouvindo 'Fallin' in Love' e comecei a pensar. Queria estar longe já. Faz tempo.


Não me pergunte onde. Nem faço idéia. Parte de mim fala em algum bangalô, numa praia remota na América Central. Trabalhando sossegadamente em algum negócio familiar, eu mulher e filhos. Amigos panamenhos, Latin Lingos. Tranquilo. Sem pressa. Só um dojô. Sol. Distância. Michael Scofield plans. Mas sem camisa.


Outra parte minha quer seguir o tatame exclusivamente. Na verdade, isso é a única certeza. Bushido. Aprendi a não correr. Aprecio. Em vez de concentrar velocidade, emano atenção.

Estúdio, música, palco. Mensagem. Voz alta. Ativa. Essa me chama um bocado ultimamente. Me escute.
Parte se contenta com qualquer casa á beira de uma praia no litoral de SP mesmo. Desde que eu esteja morando, me virando, treinando e escrevendo, ok. O descanso me cansa. O canto me encanta. Ou será o contrário? Não suporto mais cantos. Não, não. Mais do que nunca, quero centros. Centrar. Focar. Mirar. Tiro Certeiro. Um tiro, um acerto. S.W.A.T. like.
Sniper type.

Outra quer voar pra California novamente. Velho Continente também. Desbravar. Conhecer. Interagir. Fugir. Me achar. Longe, Longe, Perto, Dentro. Que nem na música. Na minha.

Doido. Varrido.

Será?

Não nasci pra modelar. Não mesmo. Não sou modelo de nada que tentei. Nunca fui. Sem aborrecimentos ou frustrações no momento. Constatação pura e simples.

Ahhh! Lembrei.

Hoje eu entendi porque as pessoas ficam juntas por anos também. Não é o único motivo, mas também é: porque se cansam de procurar e sempre dar com a cara no muro. Procuram algo. Quando não querem, superficiais. Quando querem, é preciso ter calma...
Uma hora a pessoa cansa. Do mundo. De tudo. Da vida.

Hoje escutei uma frase sensacional:
-' Cansei de ser mãe!' Da minha própria. Caraca! E agora? (risos).

Tudo me cansa. A monotonia das mudanças me cansa. Não a excitação momentânea. A inconstância. Me dá ânsia. 'Mas, quem é do mar, não enjoa...'. Não?
Pode não vomitar, mas cansa um bocado.

Adoro rotinas. Não por gosto próprio, por história. Histórico. Gene.

Sei não. Engraçado. Não queria deixar este texto aqui. O passado era muito mais bem-resolvido, ácido, irônico. Esse aqui está com a cor-de-burro-quando-foge. Paciência. 'Até quando o mundo pede um pouco mais de calma'. Não gosto de mansidão. Não nesse aspecto.
(Ih! Olha a cor surgindo por aqui. Adoro essas surpresas.)
(Continue lendo)
Gosto de pulsar. Energia viva. Movendo. Intensidade. Mansidão nesses casos, e eu me castro. Como Fidel.
Falando nessa rapaziada,
'Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamás'

Porra Bitchô, sin perder la ternura, Che? Difícil hein...

Vai me dizer também que, sem parecer ridículo (mas correndo esse risco), todo revolucionário é movido por um profundo sentimento de amor?

É, vai! Ok,Ok...meu lado revolucionário concorda. Plenamente. 50%.


Esse pessoal sabe o que fala. Sabe o que quer. Tem pelo que lutar.

Admiro. Pancho Villa. Che. Lampião. Thick Quang Duc. Não precisam de mídia ou fama para serem motivados. São os verdadeiros. V-E-R-D-A-D-E-I-R-O-S.

'Espírito Independente de não esperar e fazer pelas próprias mãos'

Impressionante a proximidade. Quase um link entre um revolucionário mexicano e o Marechal niteroiense.

Tenho a garra e o brio deles.
Todos que me veêm na rua sabem. Eu vejo que percebem.
Meu cheiro de Alfa faz amigos e inimigos por mim.

O lado 'comunicação/revolucionário' era tão forte que falou:
"Não deixe isso terminar assim. Diga-lhes que eu disse algo."
E morreu Pancho Villa. Um dos verdadeiros. Sujeito-homem. Revolucionário. Atitude-man. Atitude-hombre, melhor.

Pra encerrar e concluir comigo mesmo: adoraria ficar em frente á um paraíso esperando o tempo passar. Honestamente.
Mas não tenho um destino. Tenho uma missão. Sou soldado.
Separei todo o baralho agora. Todos os naipes. Achei. Ouro com ouro. Espada com espada. Copas fica fora. Não tem á ver com ele. Notem.

Minha missão aqui não é essa. Praia e alguns mojitos ou caipirinhas no final da semana, pra anestesiar a consciência. E manter o rumo ilimitado da repetida existência. Nada de ser mais um peão no jogo. No sistema. Vim para cair, levantar. Brigar. Perder, Ganhar. Me redimir. Me vingar.
Mas claro que 'não entenderão o que eu vivo, se não viverem o que eu vivi.' (M.)
REPITO: Sou fênix todos os dias. Úm pouco Ícaro, um pouco Lázaro, inteiro Fênix.

Não vim com nome de rei á toa, xará.

Eu sei que tenho. E sei que sou só eu. Acompanhado ou só.
Foi só por isso que eu não desisti até hoje de tudo.
Para quando eu morrer, lembrarem que é muito melhor morrer em pé, do que viver de joelhos.

Viva Pancho Villa!
E um brinde ao Rei.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Comédia- quase- romântica


Marte nada!


Concordo. E digo: eu também! A verdade nua e crua é feia mesmo. E bota feia nisso... A verdade que separa homens e mulheres como um abismo. De ideais; expectativas; esperanças. Simples natureza.
A gente não cresce mesmo. E não muda também. Pode ser fruto de trauma, mas Mike Chadlaw 'still being the man'. Vejo um monte de coisas. Me vejo em um monte de coisas. É um fato, paramos sim de evoluir depois que aprendemos a mijar com a tampa levantada e no máximo tiramos a toalha de cima da cama. E olhe lá.

Aí eu pergunto: É errado?

E respondo sem gaguejar: Porra nenhuma!

Na boa. Não tenho pretensões astronômicas em relação á seres humanos. Na boa mesmo. Já falei sobre isso em outro texto. Mas não vou deixar de mencionar isso; não enquanto eu pensar assim. É um ideal.

Eu espero de amigos lealdade, respeito e bom humor. Honestidade também. A mais. Feia. Aquela de contar as partes engraçadas. Auto-engraçadas.

De alguma outra pessoa/mulher, como relacionamento? Não espero. Não procuro. Já sufoquei com expectativas. Já afoguei com 'esperanças'. Já morri tentando. E renasci. Sou fênix todos os dias. Só quem é, sabe o que eu falo...


Tem sua razão, Mike. Satisfazer desejos é muito mais simples e fácil do que se criar amores impossíveis. Fato.

Sexo: bunda, peitos, vagina. Gemidos. Estímulos sensoriais. Ápice. Gozo. Beijo me liga.


Amor: ... ... ...?


Amores vem com gestos, frases feitas que provavelmente meus pais não me falaram. Essas paradas de Freud. O homem e seu histórico. Jung também. Todos eles de mãos dadas. Brincando no playground dos anseios.

Prefiro a parte em que sou quem sou mesmo. Na boa. Á partir do momento que me conscientizaei que a verdade é feia mesmo, na maioria dos casos, a expectativa caiu/cai por terra. Não existe a mulher ultra mega gostosa que cuida de mim como a minha mãe, não me cobra ou culpa como um pai e ainda entende e supre o emocional e o sexual. Não é socialmente vendável, entendeu?! Mas é a verdade.

Isso é o que me vendem nos filmes de Hollywood. Me incutem. Nos incutem, desde sempre. O amor perfeito. Sem peidos. Daí que vem á prisão de ventre da mulherada. Certeza. Na boa ? Mulher não caga. Imagina a Angelina Jolie cagando... Tendo que tomar banho pra se lavar depois. Diarréia mesmo. Porra...


Eu não quero ter que ser o príncipe. Sou sapo. Nasci sapo. Faço tudo que faço por mim. Treino. Estudo. Leio. Rimo. Leio jornal. Vejo desenho animado. Saio pra rir. Danço- ás vezes bem, ás vezes completamente descordenado! Feliz! Não danço axé...é, SÓ EU NÃO DANÇO MESMO! E nem quero saber, sacou?! Olha minha cara de depressão de quem não sabe...Jesus. Cada uma que escuto... Como muito. Muito mesmo. Viajo. E entre uma coisa e outra eu peido. Arroto. Coço o saco. Odeio cuecas brancas. Abro porta de carro também. Mas não por obrigação. Por isso não faço sempre. E também não faço só pro sexo oposto. Obrigado é o caralho!

Não gosto de ser obrigado á ser corajoso sempre; fodão sempre. Seguir o 'molde' x ou y.



Existem várias qualidades escondidas, que não vem á tona, ou aparecem vez por outra em vez de sempre, graças á compactação social. Igual caminhões compactadores de lixo. Espremendo pra ter que caber mais qualidades, mais argumentos á favor, mais prós... Mais!

Igualzinho o cara que compra vários livros, adora, começa á ler, mas já compra outro que parece mais interessante. E larga o antigo. E isso alimenta o ciclo. O círculo. Os ratos correndo na roda sem fim. Atrás. Sempre atrás. Pra trás. Mirando o inalcançável. Inalcançando.


Luta universal pela padronização. Hollywoodização dos homens. Pornificação das mulheres. Do sexo. Na boa. Sem stress. Papai e mamãe ou interesses dissimulados no dia do outro, ao final de um dia pesado próprio? da outra. Sem sexo? duvido também. Quero que o outro seja feliz e passar bem !

E essa parada de homem ter que ser uma máquina de sexo então?! Na boa. Meu brinquedo é de armar. O das meninas é de abrir. Qual você acha que está pronto mais rápido?

E a questão nem é só essa...


Pasme, leitor(a): Várias vezes tô cagando e andando pra sexo. Amor, transar, meter, foder, fornicar, chupar, comer. Qualquer nome. Nada. Me empapuça esses papos mentirosos sobre 'olha como sou o esteriótipo do cara foda!'. Seja o cara foda. Vai comer muito mais mulher e ter muito menos dor de cabeça.


O que converso com meus amigos são as experiências engraçadas, boas, ruins. Sem mentiras. Aquela foda mal dada. Aquela que se supera as expectativas. Aquela que se goza antes e fica-se com uma cara de merda e um peso enorme nas costas. Aquela que se goza antes, se faz cara de arrependimento, mas no fundo está pouco nos fodendo e importando... Sou capaz de transar loucamente e ao final só querer ouvir um: 'oi, estou indo embora, nem precisa olhar pra mim que entendo sua necessidade de ver TV agora... Ah! e já deixei na cabeceira da cama umcopo de coca-cola e um cheeseburger caprichado no queijo. É só comer e dormir. Sem escovar os dentes, hoje! Tcha au!'

Os orgasmos fingidos. Nem ligo. Se alguém precisa fingir um orgasmo, então boa! Só acredito no que me contam. É mais fácil e aborrece menos. Sem subestimar minha inteligência, claro.


Aquelas vezes que fazemos amor com quem amamos... Mas essas são bem raras pra todo mundo. Compreensível.


Tem um cara que eu conheço que insiste em falar: 'a mulher da vida do homem é uma só. Ficou junto, ok! Não ficou, já era'.

Acho essas teorias evangélicas de final do mundo, demasiado simplistas e dominadoras demais, da forma errada: medo. Não me agradam. Não possuem nada de admirável. Sem requintes. Pobres de espírito. Para esses mesmos.

Entendendo: Medo gera revolta. Revolta gera raiva. Raiva gera reação. Na maioria das vezes exagerada. Desproporcional. Problema á vista.


Livre.


Ter que fazer algo contrário á normalidade da essência própria é legal pra impressionar. Insustentável por mais de um final de semana. Aquele final de semana. Onde se formam as imagens que daqui 4,5 ou 15 anos vão me atormentar perguntando: cadê aquela pessoa que eu conheci ?!! Enquanto aguenta uma completa estranha apontando seus defeitos e como você é um merda por não ter suprido TUDO que ela sonhou.


'- Cadê aquela? Cadê nada, imbecil! Nunca existiu! Foi um quadro de stand-up que passou. Início na sexta, ápice no sábado, Grand finale no domingo. FIM. Não insista mais que isso.'

E se demora anos pra assimilar que NÃO era verdade. E quanto mais anos passam, maior o medo de olhar e assumir: 'caralho, a compreensão dela, o amor de ambos, a minha educação, tudo isso era mentira. Claro que para se assumir isso, é necessário retirar toda a hipocrisia da cara e ver a verdade. Sem poesia. Sem trilha sonora. É um quadro, não um filme.

E a verdade (plim!)aparece. E é feia.


Quase sempre. Mesmo tendo os fragmentos de Deus no meio.


E assim a gente continua na gaiola. Esperando a hora de ser alimentado de novo. E continuar correndo pra lugar nenhum.




De quem?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Não acredito. Sem dançar, não...




Acabei de chegar. Estava na Lua. Cabeça na Lua. Pena que o corpo não vá. Será que a ausência de gravidade ou algum outro fator que desconheço mudam o estado de consciência ? Ou a visão?

E a menina que rebolava de um lado pro outro. Dançava quase que em câmera lenta. Impressionante. Atordoa os sentidos. Pelo menos os que sentem. O mais sensacional foi que levei um pincher com complexo de pitbull raivoso pra passear e ele nem estranhou o ambiente. Quase ninguém. Menos mal. Não tava afim de apartar ou separar nada. Muito menos mostrar meu lado Bruce-Jack-bitch-Chang-Lee-Balboa. Não esta noite. Na verdade quase nunca. Não sem motivo e possibilidade. Canalizo pro que precisa. Aprendi a regra do convém?. Aprendi.
Um galo. Parecia um galo. Morreu um. Poderia ter morrido o galinheiro inteiro. Estar vivo não tem preço... Ah, não tem? Então não paga pra ver se vive... Sobrevive na melhor. E olha, se vira pra ver se resiste. Acredite.
Numa boa. Contato excepcional, com um dos que vivem o que eu acredito. Com outra visão. Sou meu produtor. Vou produzindo minha vida. Meus contatos. Meus bits. Meus ideais. Lapidando meus 'diamantes de rua'. Sem lapidar e polir, são só pedras que qualquer um (me) chutaria, sem atenção nenhuma ao valor contido logo ali, na frente do bico do tênis. Nítido. Sem tempo nublado. 'Podemos decolar, capitão!' - Informa a torre de controle e comando.
Salve pro Freestyler, Leo - RJ. Sangue. Salve pra mim. Pro som. Pro Amaru Shakur berrando lá dentro California Love. Pro Bill que não parou de rimar. Pro som nacional. RapSoulFunk. King. Pro Jackal que dançou um monte, se aborreceu nada e se amarrou mais ainda. Minha acidez saiu no suor. Evaporou.
Foda é ver quem não é, tentando ser. Mas o mais incrível é que se mostram. E sabem que os verdadeiros os veêm. Como o tecido do Chapolin que só quem é inteligente vê. Mas esse tecido eu vejo! Normal. Cada um na sua. Todos na mesma. Fisicamente falando, óbvio.

Entre Red Bulls e águas fui encharcando minha noite. Ligado. 'Não acredito em um Deus que não saiba dançar'. Li isso num manual de Yoga antigo uma vez. Sânscrito e tudo mais. Línguas mortas. Me atraem pra ler. Não para lamber. Eu também não. Exorciza-se demônios com dança. E eu os tenho de sobra.
Pra dar, vender, emprestar, esquecer. Como aquele mesmo manual de Yoga que emprestei. Lembro e esqueço de pegá-lo. Lembro e esqueço dos demônios. Algum dia será que eles irão? Ou eu perceberei que não existem? Ou que existem e os mandarei? Ou se estabelecerão de vez e seremos bons vizinhos? Sei lá.
Semi-loucura. Não regulo normal. Eu sei. Vejo na cara das pessoas quando me veêm falando. E ser livre é olhar pro incômodo dos outros e pouco me foder. SONORO- FODA-SE!


Uma pessoa muito especial me falava sempre: 'olha, existem coisas que podem ser feitas por determinadas pessoas. Elas simplesmente podem. Se qualquer outra pessoa as fizer (certas coisas), parecerá ridícula...Mas estas escolhidas não! Podem.'
Tenho culpa que Deus me deu personalidade e estilo? Não. E eu gosto de ver quem não pode olhando de lado. Gingo mais. Pode mandar salgadinhos fardados virem tirar meu gingado. Não devo; não nego. Sou mesmo. Verdade. E isso assusta. Incomoda. Não é luz. É brilho. Reflete de algo maior. Interno. Sina.

Funciono no meu bit. Vou com o meu flow. Não jogo ou rimo pra platéia. Feliz Infelizmente; Não é show... Estou me aperfeiçoando.

É oração: pedido, prece, ruído. Acontece. Não como havia pedido. Ou lido. Mas como deveria desde sempre ter acontecido. Tava escrito. Mesmo achado, ainda pareço perdido. Pareço, amigo. P-a-r-e-ç-o.
Mesmo emprestando só os ouvidos. Analisando, marcando, guardando, estudando, assimilando o não dito.

As entrelinhas do comercial. E não me confunda com as estrelinhas do mundo global(-imaginário). Não faço parte deste cenário. Eu sou o mais real que consigo ser. Sem sacrifício ou horário.

Vou mais, é escrever.Cabeça dispara. Filha da puta! Melhor... Queria e não. Dança e corre. Corre e dança. Pique-esconde? Aos 27? Sem saco. Com saco, aliás. (Risos. - Se me entendessem teria graça pra vocês também...mas já consigo rir de mim mesmo. Vocês deveriam tentar. É algo libertador!)

Sem analogias com filmes. Nada de sétima arte. Hoje não. Estou filmando o meu. Vívido. Homem de aço? Hã hã... Nascimento de um ídolo!
Eu sei sobre o que eu escrevo cara, nem precisa acreditar. Estou me envolvendo. Como se fosse um cobertor. Andei anos com frio. Anos. Pé frio. Membros tremendo. Olhos vazios. Como as ruas do Shaw.
Falando nele, outro dia me falou no ouvido e captei: -'Não sou sobrenatural, é justamente porque rimo sobre o natural(...)'

Entenderam? Não né?! pra variar... Natural.
Na boa, flui. Evolui. Se não, finjo que tô e fui.

Nunca começo pensando em algo. Á não ser que eu esteja possuído, como ás vezes acontece. Aí é um dos meus 7 pecados que escreve. Só empresto as mãos e os olhos. Mas escreveria só também, sem nada. Certeza.

O Dr. Morte interno está morto hoje. Nada de atrocidades ou experiências dantescas. Hoje não. Hoje é a celebração. A redenção. Sem atalhos. Sem facilitações. Sem carne. O negócio é andar. Acelerar o processo. O meu. Numa boa. Não sei como. Não sei o final. Na verdade, não faço a mínima idéia. E estou quase na idade do 'se vira nos 30'. Mas está me chamando. Estão me. Cada verso que leio, que escrevo. Cada batida que eu consigo assimilar. A planta cresce. Muito mais que os pés de maconha dos produtores pra galera alienada. Ou cult. Foda-se x 2.

Essa planta me mantém são. Baque de realidade, sem seringa. Cocaína ou Haldol não frutificam. Essa planta sim. Minha planta-música. Planta-rima. Planta-bit. Planta-idéia. Plantar, uma idéia ?
Só em solo fértil, já ensinava o monge.

Por isso não vejo mais bombados se atracando na noitada como cone crew, piranhas olhando com um playboy encarando O vítima e não A agressora; A inimiga.
Vejo mas não fica. Como comerciais psicodélicos da Mtv. É como se fossem folgas pra mente. Onde não se pensa. Só se espera o tempo passar. Entro em modo standby. Como sleep de tv. Sumo. Desligo. Sem esforço racional. Só um lapso de tempo corrido. Perdido? Nunca. Descanso para visualização e entendimento é estudo. Ócio produtivo e Karl Marx. Cultura adquirida. Nunca perdida se mencionada e perpetuada, discutida. Acariciada.

Falando em tudo, ando vendo tudo em música. Escuto-enxergando. Claves no meu sol. Cada som. Cada nota. Compassos - e esses não fazem só círculos. Não estes. Ato. Passo. Cor. Nuance. Passagem. De gente. De som. De guarda. Trechos. Encaixes. Trechos-encaixes.

Vejo um só caminho. Que se divide em capilares-rotas. O hífen é licença poética. Dá licença, POETA! Pode até ser de walkman, de playzinhos caseiros. Não desmerece ou diminui. Atiça. Ateia. Incandesce.
Inúmeras cabeças. Caspas e afins. Tratamentos eficazes. Um rumo. Assumo. Ao sumo. Até o fim.

Resumo? Não acredite em um Deus que não saiba dançar. Não existe divindade sem música. Sem arte. Sem expressão. Não, não... Sem arte não!

Não acredite. É tentativa de manipulação. Ilusão. Caia Babilônia. Fogo para você e seu relógio decrescente. Só reduz. Retira. Recebe. Retalha. Mata. Extingue. O tempo é um ganho quando estamos fazendo o que gostamos, com alguém que gostamos. O tempo não é o vilão. Nossa escolha e acomodação, são. Vira prisão. Tempo vira carcereiro. Coitado! Nem pode parar pra se explicar.

Não existe um Deus que não saiba dançar. Meu Deus é underground. Não abaixo do solo. Nem tão alto que eu não possa sentí-lo. Não é comercial. Dinheiro não tem á ver. Não com o meu. Não há mainstream. Não. Justo. Com licenças poéticas - como um Jazz bem tocado no improviso. Power Trio. Arrepios corporais. Não braço, nuca. Espírito.

Nada de humanidades pra Ele. Por favor. Sem hipocrisia. E ofensas.

Muitas rimas. Danças também. Salões lotados. Pessoas conscientes. Conhecedoras. Não vítimas midiáticas... Padroamericanizadas. Essas estão estudando para poderem dançar no recreio. Entenderem e se deleitarem com os versos. Estrofes. Passagens. Scratches. Com a energia envolvida. A energia inicial e motivadora. Cíclica. Inesgotável. Estilo NASA e Power Balance. Teoria dos Campos Magnéticos e energias primárias. Isso tudo.

74 bpm pra dobrar o flow e reduzir. Acelera e freia. Brinca. Informa. Direciona. Ama sem interesses pessoais. Ensina.


Isso tudo é como a Gnose e milhões de pedacinhos. O início da alquimia.
Teoria das formas? Platão?
Desencana. Escrevo sobre isso depois.

Fragmentos de Deus.


Amém.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ASSISTA E LEIA !

Não sou de divulgar o trabalho de ninguém nesse Blog. Não por nada. Existem vários que merecem. É justamente por isso. O propósito desse blog não é esse.
Mas quando uma coisa salta aos olhos e se enxerga uma mensagem INDISPENSÁVEL á todos, não é nada mais que a minha obrigação repassar.
Pra todos que não sabem do cenário 'under' do hiphop nacional, só assistam.
Muita mensagem na mesma música.
Pra quem sabe ou tem interesse:

Um só caminho... & Espírito Independente .


SEMPRE.


OBRIGADO PELA COMPREENSÃO.

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Link do vídeo no Youtube -

http://www.youtube.com/watch?v=Dh6RyI4Wuw4





BOTA A MÃO PRA CIMA PARCERO -

MC MARECHAL


Bota a mão pra cima parcero
Finge que tá chovendo dinheiro
E todas as minas te dão mole pura ilusão
Que o mundo que cê vive é verdadeiro,

porque Eu já falei pros meus parcero
Underground é o caralho!
Eu quero mais é ter dinheiro!
Eu sou real no meu trabalho!
O disco eu mesmo que fiz, não tem na loja? Demoro
sô vagabundo independente do moral pros camelô!

Pra quem falo que meus Rap são só K-ô
Vai vendo,meu show geral tá tranquilo
Nos seus irmão tão morrendo,
cê vive fantasiando HIP-HOP tá crescendo,
fala de revolução
Mas nem sabe que tá se havendo eu to vendo
vários dizendo,cê real mil grau que em cima,se dedicando

Muito mais a falar mau que nas rima,
cê criminal,cê que é PIMP e com as mina não tem moral,
ainda insiste com vagabundo" bota a mão pra cima "
só porque gringo faz
Só porque viu na cena
do clip um mané pulando apareceu carrão lá traz,
agora aquilo tá de fazer também?
Vai pegas um real pinta de azul e diz que é CEM !

Se se diz contra o sistema?Dobra no que grava?
Mas seu Nike doze mola vem com sangue e mão de obra ESCRAVA!

AEE

Chuva de prata na semente de ilusões
O engenho do senhor dinheiro te mantêm nas plantações

Eles fazem pras mina rebola
Põe melodia ruim na rima pra tu decorar
Amigo a vida me ensina,isso não vai me enganar
Eu não preciso de platina
Deus me deu brilho no olhar!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A mente...mente?


Base, rima, beat, treta, arma, mina, grana, água,
Nota, droga, cruz, mudança, filha, dor, vingança e mágoa,
é um resumo de tudo,
não vou parar dr., mas eu só não me iludo...


(- Aí eu te pergunto?)

A mente, mente?

A mente, mente!

A mente-minha,

A minha-mente,


Mente precisa de espaço e de coleira não que eu acho, ou que ela queira(...)

(...)Penso o que é de graça,mas está sempre opaca,
Eu ando sempre no instinto, vez por outra olho placa (...)

(...)Que não sabe mais pensá!, não sabe mais escolher!,
Tão roubando sua vida através de uma TV (...)

(...)Pra largá a gente á sós..

Sozinho no hospital, sozinho na educação,
pra formá mais uma leva de derrotas da nação,


Pra manterem o controle te oferecem cocaína,
Sexo para os caras, fama para as meninas (...)


Aí eu te pergunto:

- A mente, mente?

Eu te afirmo:

- A mente, mente!


(...)E neguinho me pergunta, ei Chacal, qual que é a sua ?
Brutalizo essa parada, extermínio em praça pública (...)

(...)Mentalidade-colônia de extrair e saquear (...)



A mente, mente !

- Presta atenção...
- A mente-minha, a minha-mente....

A sua também...pode acreditar ...

Perseverança, retidão...e capacidade de levantar...SEMPRE...

A mente,mente...
Amante mente também...
mas a mente? essa mente tão bem ...

A mente, mente...



P.S. - Desculpem as frases jogadas ao acaso. São fragmentos de uma música minha. Fica complicado divulgar sem registro.

Mas posso adiantar que ficou muito boa. Bem ácida. Pra variar.
A base é sensacional.


Acid Tongue; Acid Mind ;

- The Jackal I.D.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Recharge the Battery.


'Tequila Sunrise, bloodshot eyes


Realize we're all born to die


So get the money nigga!'



Como falam pra um cara qquer, que teve uma infância pobre qquer, pra ser um pouco mais qquer espiritualizado?


Na boa. Difícil ser espiritualizado, acreditar em Deus e tudo mais, quando o que você olha e almeja ou pede, ora, sei lá, qualquer tipo de contato com esse ente não gera frutos e na maioria das vezes, falha.

Pergunta no morro quem ama o papai noel...


Como que você fala para um cara que nunca teve grana, quando tem, que dinheiro não traz felicidade? Tantas vezes a falta trouxe tristeza.

Como não traz amor? Se antes ninguém olhava pra ele e agora olham. E desejam.


Como que você fala pro cara que quando pequeno, tinha 3 pares de meia, 2 furados e um pequeno, todos surrados e sem elástico, pra não ser um consumista e ostentador? ou pelo menos não almejar algo nessa direção?


Como é que você fala para alguém que está acostumado á comer coxa (e olhe lá), que a secura do peito é que é o bom, a parte nobre? Já tem secura demais no peito armazenada pra ingerir mais um. ou uma.


Como é que você fala pra alguém que já teve que 'mentir' que não era filho, sendo, pra não dar mau impressão (pasme!!! MAU IMPRESSÃO!!) pra família da - futura namorada do pai e pós-excelentíssima-ladra-vadia-piranha-vulgo-madrasta - e quer que esse carinha, lá com seus 8,9 anos tenha facilidade em ser pai na vida adulta?


Como é que você fala pra alguém que nunca teve nada que valesse á pena para sentir até a adolescência, quando sente um barato de droga não se torne um viciado e ache que aquilo é a solução, já que é aquilo que momentâneamente alivia o peso dos ombros de uma vida tortuosa e sem sentido?


Como é que você fala pra alguém que já virou as costas pra alguém que amava, que essa pessoa só errou e não é o satã personificado?


Como é que você fala pra alguém que está esperando uma visita em pleno natal, isolado de tudo e todos que conhece ou ama, que você foi pra praia e que simplesmente não vai?


Como é que você fala pra alguém que se culpa por toda uma vida de escolhas erradas, que a responsabilidade não é um fardo e sim a salvação, já que só se muda aquilo que se consegue e que se enxerga?


Como é que você fala pra alguém que está cansado de viver, prestes á enfiar uma bala na merda da cabeça, sentindo as pernas bambearem com o peso do mundo nas costas, para ter calma e sabedoria. Como direcioná-la para o caminho correto?


Como é que você fala pra alguém que você preferia que sua mulher tivesse tirado seu filho, com ele ouvindo, mas foi ela que não quis, e ainda sim continuar olhando na cara do sujeito e fingindo tranquilidade? ou mendigando qquer coisa?


Como é que você fala pra alguém 'ainda bem que você lembrou do meu aniversário' se essa mesma pessoa que cobra não lembra há 6 anos do seu?


Como é que se enxerga esperança no desamor? Na indiferença?


Como é que você quer que depois de tudo isso eu não seja no mínimo agressivo? Desconfiado? Ácido? Rápido de raciocínio? Hostil ? Escaldado? Maldoso? Frio? Calculista? Teimoso? Irônico?


Grana nunca foi o problema. Nunca tive grana, pra chegar a ser um problema. Nunca briguei por grana. Sempre briguei por pessoas, ideais, causas.


A única coisa que mantenho é a abstinência. Já me perdi em mim, milhões de vezes. Já me achei outras dezenas de milhares, uma diferente da outra.

Já tentei parecer. Já tentei simplesmente ser. Mutação. Metamorfose. Ambulante. Eu prefiro ser também.


Como é que você fala para um cego depois de quase 13 anos, que ele simplesmente não é cego. Que só estava se mantendo de olhos fechados pra não enxergar coisas feias e reais?


Como é que o cego deve reagir?


Preciso de um carregador de baterias. Não alguém que carregue. Não, não. Ninguém merece. Ninguém pode.


Tequila Sunrise?

Pra ouvir, excelente.

Para só: 'so get the money nigga!'

Não, valeu.

Pega e engole.


Nenhum lapso-consciente tem preço.





quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Inflamável


Tô pegando fogo hoje. Não adianta vir me dopar com codeína. Na boa. N.A. boa.


Como vocês querem que eu respire? Me diz?! não tem mais grandes coisas pra se admirar da onde eu estou olhando. Da onde eu estava. Não não. Não tô mais.

Posso viver? me perguntam dentro da cabeça... a minha mente também tá infestada, tô fazendo um upload das idéias. Deletando antigos vírus. Instalando novos firewalls. Não, não sou técnico em computação...só quero perguntar, como o J. : CAN I LIVE?


Tudo cansa né?! Todos cansam né?! Então o caminho é ter gás. Pra tudo. Me olha de perto ...

Pode olhar...esse brilho não é o sol não...é o meu olho. Meu brilho que tava sem. Tava renegociando minha dívida pra pagar em milhares de prestações. Quer saber? Fala com a minha advogada, ela sabe os procedimentos melhor que eu. E se for pra pagar alguma coisa, pago pra ela que defende meus interesses.

Meu irmão de nome estava tentando me avisar há um tempo, mas sou o tipo de pessoa que só escuta o que é falado. Apesar de ouvir bem e ter um dos raciocínios mais rápidos que eu já vi.


Quem vai ter compaixão? Quem? Só eu que espero não pisarem no pescoço. E tento proteger quem, do quê? Tem alguma coisa pra se proteger? NÃO.

Vá com seu conselho pra lá, querida. Saia por onde quiser, pelo vão que quiser.

Meus motivos vãos, vão. Alívio. Gole d'água. Água no final de uma maratona; balde de gelo despejado na cabeça, ao final de uma luta.

Quem se salva da realidade? quem se protege da realidade?


O trabalho agora é outro. Reconstrução. Estou empilhando as coisas que não quebraram. Separando o entulho. Olhando através do véu de poeira que arde, mas não cega meus olhos.

Sou um falcão. Vejo á milhas de distância. Através de milhares de bytes-qualquer-coisa, vi.

Vi sim.


Brilhou aqui. Meu olho novamente. o sorriso. Pulsei.


É uma benção dormir. Juro. Para aqueles que conseguem assim, amém. Estou numa fase ruim pra isso. Cabeça correndo. Racha. Ambiguidade válida neste caso.

Eu sei que só eu posso fazer a chuva parar, mesmo não sendo Deus. E no meio dos escombros e da lama de Angra...ou Angry? , me vi...engasgado com esse mix de terra, água e pertences pessoais.

'Me puxa, me puxa'- só penso. Sem forças. Não faço o movimento contra também. Fico estático, mas por dentro rezo. mesmo. De verdade não rezo porque não tenho pra quem. Ainda não...9 anos depois ainda não tenho. Peço inspiração. Peço? Lembrei de pensar e pedir ...

'Me salvei'...ou me salvaram por me incutir isso'...me salvaram'.


Fico estranho. Tanto tempo sem. Não é por mal não. Falta de costume. Cara de incomodado. Mas não estou. Nem um pouco.

- Um pouco de milho, carne, frango e queijo?

- Claro!


Essa é a morte da culpa. Não é mais pra cantar sozinho esse mantra de derrota. Acorda, filho. Você é tão..rua!

Adoro ser. Capacete enterrado, protegendo a parte mais valiosa do HOMEM. O da vez, cor de sangue; cor do sangue que deixei pelo caminho pra chegar até aqui. Só olhos de fora. Atentos. Soldado da vida. Achei muitas coisas pelo percurso, pra quem não achava nada. Sem pessoas, motivos, causas.

Estou me tornando tudo aquilo que acharam que ninguém seria. Não só pra soar bem na música. Eu também sou desse pelotão. Evoluindo. Expandindo. Sempre.

Quem veio disso não desiste fácil. Não depois de contrariar tudo até os 27. Médicos. Especialistas. Conselheiros Hipócritas. Madrastas. Carmas. Gerações de defeitos criando novos sujeitos. Sempre indeterminados.
Amamentados com ressentimento, abandono e ódio; a próxima geração que se corromperá tentando no fundo se vingar dos antecessores. Ciclo. Anabólico.

Sentimento de Alf, um E.T.eimoso. Apareço na janela. Faço graça. Sumo. Minha saudade e sonhos ainda estão aqui. Guardados.


'Sou maloqueiro sou, e lá vou eu, Joe - é um 2 pra pegá, então polícia sai do pé...pra meu alívio eu quero um beck...' - Sabotage

É verdade. Um super-herói se faz em um dia. Um homem de bem, em uma vida inteira.
Beck é o caralho. Eu quero é mais. Quebra e manda.

50% Acoado; 50% coagindo. Não vou com esse papo de equilíbrio. Antes eles do que eu. Honra com Honra. Mesma medida. Na minha conduta, EU administro a balança. Graça. Responsabilidade.


Vejo todo mundo falando muito. Hoje posso ficar o dia inteiro aqui. A noite inteira. Estou comigo. Estive. Através do outro me vejo. Me fortaleço. Me acredito. Me admiro. Me julgo. Me contrario. Me percebo. Me assisto em High Definition, com meus 02 olhos de TV Led- retorno de 1:3.000.000. Meus ouvidos surround sound sub-muthafucker-woofers. Me conduzo. Me lapido.


Pode soltar uma base com um beat pesado e as claps... tipo 70 bpm. Venho improvisando há tanto tempo. Não rimo em gangsta. Mas hoje joga no liquidificador Nas, Xzibit, Pac, J-Z, B.I.G.; Mistura tudo isso. Cobertura de Brown ralado. Pra completar o shake que alimenta minha mente. Me alimenta. Sou mais espaçoso. Mais estudado. A evolução de quem quer e não pôde ter. Eu pude. É por isso que faço. Falo só o que eu posso. O que eu estudo. Sem essa de ex-tudo. Vai aprender.

Hoje eu tô em brasa, lembra?! E tudo pelo sorriso. Tudo pelo que pode ser. Tudo pelo que realmente vale. Pelo que ainda não acabou. Pelo que pode vir.

Pode vir.

Tô de peito aberto.

Tirei meu colete. É assim que se morre com nome...ou se faz ele.

Meus snipers estão em posição. Ninguém é maluco ou burro o suficiente também.

'O mundo é dos ousados'...sempre, mas sem abandonar que 'only the strong survive'.


Livre, caminhando para o front. Senhor me faça forte.
Seja você quem for. E que eu não esqueça quem EU sou.
Eu me ensino. Eu me aprendo. Sempre. Hoje.



Estilo Livre


Pode ser desse lado daqui ou do outro lado de lá

Pra você estar na mira, não tem que tá com uma câmera

Nem sempre quem te atira é aquele que tá na sua ânsia

Com dois olhos de safira e semblante sem importância

Tá no jornal na revista, vítima 1000 da ganância,



O esforço universal é o que me faz crescer,

Não tô atrás, mais, de atalho pra morrer..

Vejo moleque disposto, cano em embaixo do bobo

jaco pra metê no rosto, desacreditô vira encosto



Não sou eu que sou o bravo é o sistema que pede

Quem vacila no jogo, neguinho, levanta as mão e perde

Perda é uma merda sou sempre de extrema esquerda



Dar centavos com a esquerda vai se chamar caridade

mas sem roubar com a direita, olhando sempre de espreita que marcou nego se ajeita, chamo de capacidade

Mas que cidade é capaz? se é tudo feito de homem a maior parte é fugaz

Nada mais tem sobrenome, só vejo trampo sagaz longe do tal mainstream

Cê pode colá em mim que cê vai vê de onde eu vim, rapaz,

Vai vê no que eu acredito,

não não ri de lado arrombado,

Não vem me dá de corrido, é homem pq tem pinto?

ou tá caçando marido?

Se não faz cala a boca, que é por tudo que eu rimo

Não tenho beats do primo mas me inspiro no caos, não vem pagá de certinho me chamá de marginal

não tem palavra? então cala o verso aqui é fatal, rapaziada sem pala, fechado até o final ...



né?

domingo, 10 de janeiro de 2010

Como diria Mestre Cartola


Doente é mais difícil escrever. Muito mais. As idéias vão, somem, vêm, veêm alguma coisa, voam. Como os malabares pirofágicos de farol. 30 segs de vida. 30 segs para a vida.



Estava eu, na minha cansável busca pelo santo graal , quando tive outro daqueles lapsos de consciência. 'Se isso aqui der certo, quero ver alguém não procurar um jeito de deletar o outro.' No caso, eu. Esse pensamento já vem me perseguindo há uns dias. Faço cara de deboche, paisagem. Finjo não ser. Mas é.


Impressionante. - Hoje se concretizou ! E......uáláaa!!! Poderia ser uAliiiii...Salomão? Não...uAli Babá...infelizmente por enquanto nessa remontagem moderna só temos 2, quando muito 3 ladrões... tempos de vacas magras .
Ou poderia ser Uólli. Aquele personagem idiotinha com gorrinho vermelho e óculos que se escondia nos livros da biblioteca do início da minha adolescência. Wally. Onde?

De um lado, o confronto do ego progenitor; Do outro, a chance de minimizar a frustração de uma vida ao máximo. Vida besta.
Conversa muito bem 'encaixada'. Palavras milimetricamente colocadas. Eu no meio, com sono, assistindo á tudo como á uma partida das mais movimentadas...de ping-pong. Tênis de mesa é profissional. Ping-pong. Definitivamente.
Sinceramente? Ping.


Contratos-high-trash de confidencialidade industrial. E me mandam um situada com 'C'?... Cituada? que 'Cituação' hein?! Não existem elogios que apaguem uma dessas. Chupadas homéricas não o fariam. Nem 3 pontinhos -sendo eles tríades ou reticências... Continue adormecido mesmo, meu tio; Acorde para a vida só. Não subestime intelecto, raciocínio ou idade. Passei por lugares que você nem imagina, tendo só como 'sobras', tal desenvolvimento á este ponto... não subestime não.

Sabe, fico assistindo á algumas situações como quando antigamente, com meu pai, íamos á algum cinema. Nessa época, cinemas eram´'SÓ' cinemas, por incrível que pareça! Não vinham com shopping centers á tira colo, grifes, super produções...não, não. Eram só salas para exibição e projeção de filmes. Máximo uma pipoca e balas de goma do lado de fora. Lanterninha!!! Transições em sessões pela metade ao início da próxima, como escalas, para entender o início do filme! Sensacional !! Saudades.

Apesar da tecnologia menos Full HD, as coisas eram mais definidas. Não se misturavam tanto.

Hoje é cinema com shopping center. amizade colorida. pipoca doce com salgada....sexo com amor. Som com telefone. Infância com sexo e/ou drogas. chiclete com banana!! Eca!
Sorrisos Amigáveis com baionetas em punho. Tudo em nome da boa educação.

Estou cheio de aspas hoje. Estão definindo muito mais o que penso do que as palavras. Recurso Gráfico-emocional. Racional. Extremo.

Prefiro características isoladas e independentes. Animais. Com certeza.


Claras. Amigos que aliciam conhecidas. Show de tapetes. Puxados. Imputação de responsabilidades, no eterno cabo-de-guerra das responsabilidades e auto-manipulação, em busca da visão da Shan-gri-lá Familiar. Cagadas homéricas. Justificativas em 'Lucila', como em dó maior.
Se essa ainda emitisse sons parecidos como a homônima de BB King... Eu cantarolaria com ela.

Ahhh, as observações !! Ilustres ! Reticentes. Falhas. pelo menos em sua maioria percentual.


As observações do contrato-VIDA é que me matam. Não vem com letras miúdas, nem garrafais. Não vem. Simplesmente. A experiência as faz aparecer, como calor e suco de limão. Bilhetes de guerra, codificados. Um gênio indomável. Códigos de bombas em caça-palavras de jornal.


Ao final, lê-se todas as cláusulas, como aquelas piadas que só tomam tempo dos ouvintes (a graça e ironia estão nisso, oras!). Olha-se para o lado com aquele semblante desanimado, aquele ar de quem carrega a marca de já ter sido enganado alguma vez; um cachorro picado por cobra com medo de linguiça, reforçaria.

Percebe-se o que foi. Acaba. Sem trilha sonora ou letras subindo. Sem créditos expostos ao mundo. Só os interpessoais. Intra. Guardados. á 7 chaves.


Prefiro as grandes paixões. Os grandes saltos. Os grandes tombos também. Algo que valha á pena. Mas com o tempo, venho aprendendo que arriscar é para 'irresponsáveis'. Os mesmo que pregam isso, são os que arriscaram na maioria das vezes muito mais do que tinham. E conseguiram, mesmo que deixando centenas de corpos pelo caminho. Ou um.
Conselhos caem como pancadas de chuva ao final de uma abafada tarde de verão.
Por perceber seu próprio absurdo? ou medo de serem alcançados? Superados? Esquecidos ...


E o livro dela é igual ao meu. Só para constar. Fonte, fundo, letra. Fotos não. Livros não tem fotos. Mas estou cortado. Nas fotos, cortado!! Cortado das fotos do livro que não tem fotos... Uau!
...como uma cena mal feita. 1,2,3, e CORTA! Rezo. Espero. Escrevo para ser lido. Claro! Claramente também, á princípio.


Ela quer falar para a turma ! Eu só quero me livrar dessas coisas que rondam minha cabeça.
Escrevo porque preciso. Necessidade. Auto-organização.Tentativa. Como uma hemodiálise. Tenho que retirar de mim. Afastar.
Filtro.

Afasto o que não é bom pra mim,de mim, em mim. Volta. Mais puro. Continuo produzindo. Tenho que continuar filtrando...

Para não afogar em mim mesmo. Bebo uma dose dela. Desce de forma amarga. Logo me esquenta. Conforta momentâneamente. 'Pelo menos isso', penso.


E voltando para casa, escuto um amigo (emprestado. Retornado - caso exista isso. Esquecido da ganância que o assaltou também momentos atrás), cantando alguns sambas de Cartola. Mestre. Afinado. Não cantando para ser ouvido só. Cantando para ser escutado.
Me chama com os olhos ansiosos para que eu mastigue e me alimente da próxima estrofe. A ânsia para que eu entenda como ele entende; para que sobre a admiração. Emocionante. Quase chorei. Olhos cheios d'água. Me arrepiei. Lágrimas. Boa companhia. Boa música.


Por tudo aquilo que posso ser e não sou. Por enquanto ainda é sou. Luto para não ser o que poderia e não fui.

A tendência é essa. O medo maior é o pulso. Os punhos meio cerrados. Copo. meio. vazio.


Escrevo e luto por isso.


Para que não seja no futuro 'o que poderia e não fui'.


Cartola ficou, quando esse amigo saltou. Voltamos sós para casa - Eu e o Mestre. Para lermos e calarmos.

'Eu vou calar, Pois não pretendo (...) te magoar'. Não com um novo. Com o mesmo.
O nosso - tive, sim.

Como diria Mestre Cartola.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Click-Clack




'O hábito não faz o monge...mas o faz parecer de longe'

Não gosto de ditados e frases feitas, pra não parecer mais um no meio da multidão, mais um papagaio de pirata. Mas a verdade é que enxergo através deles. E começo a enxergar materializações de alguns no meu cotidiano; Pára - raio de malucos está em alta na minha BM&F principalmente nos últimos 15 dias.

A cotação dos 'poderosos' (def. segundo Carlson Gracie) no mercado interno da minha mente nunca esteve tão baixa e tão alta nos limites e fronteiras físicos, muito bem cercados por mim. Pra não me deixar fugir do meu foco e canil íntimo. Nada além dos alambrados. It's all In !

Mas é justamente nessas, que vou triando e trilhando sangue do meu sangue ante as feridas purulentas que se perderão no tempo. Só marcarão a couraça pra não caírem no esquecimento seletivo da memória.

O mais poético disso tudo é a trilha sonora ao melhor sax e baixo 'The Universal Struggle'. Cara de palhaço? sem dúvida. Um palhaço de Stanley Kubrick, bitch !

Vocês que sempre tem citações inteligentes ou historietas zen para resolver problemas alheios, me digam o que mais vale: Thích Quang Dùc ou meus commodities ? A sombra da vitória. Minha. Incômoda. Duelo com o Mr. Fucking Hilux, há 13 anos. Não vou matar algum outro? Não. Não vou. E acho que comecei a entender o porquê.

A vitória ou a escada rolante de poder? Difícil né? Esquece então.Querem todos saber o que é necessário? Mesmo? -> Ausência de dó; não compaixão... meu mais novo amigo me disse: 'Dó é para perdedores'. Exato e preciso.
E dane-se o advogado do Diabo e a Víbora de olhos ametista: O ego do advogado. Pisei. Olho. Vejo ainda se contorcer em uma tentativa de recuperação. Aqui não...
Esse ano promete. Eu não prometo. Mais.Mas Muito, sim.


Estou á caminho de EXECUTAR (nos 2 sentidos), muito mais que prometer. E os progenitores de merda que nem eu riam e tenham sua redenção. Irônico. Rio. Não de cidade maravilhosa, de risada mesmo. Amarelada. Sem graça. Honesta. Esperançosa.
O diabo é só o Diabo. Mais um. Pouco. Yin Yang. Hagakure. Domínio.

A luta universal. Sempre. Nunca vi tão claro a opressão. Estado de Satori. Mili-segundo. Eterno. Sabedoria total. Dragão acordado. Dorme mutação. Garras de águia, olhos de cachorro, corpo de cobra, nariz de camelo. Nunca é bom. Não nesse caso.
Níquel e borra. 1600 graus de diferença. Do lixo á matéria-prima. Miséria á Paz. Paz de quem? Sei lá. Sei bem.

O coração do cara intacto. Ardeu. Quieto. Presta atenção, babacas que leêm essa merda e não fazem a menor idéia do que eu escrevo porque não se dão ao trabalho de QUERER saber porra nenhuma. 'O cara ardeu quieto. imóvel. concreto. sólido. Intacto. A essência intacta.
Se eu fosse um dragão vermelho, comeria não o quadro, mas o coração. do monge. Não as vestes. O intacto. O puro.
Sem pensar. Herança indígena. Guerreira. Humana. de posse e conquista. Evolução? Herança? E ainda querem me conquistar? conquista traz sangue e sangue traz tristeza. Sempre foi assim. Comigo não muda. Não sou a excessão de nada. Sou a constatação de todos estes ditados e frases feitas.
Diga-me com quem, Quem com ferro, quem tem pressa? Quem poderá nos ajudar?
Deve estar milionário em Acapulco. Sorte dele. Certo ele. Bolaños.

Lembrei nesse início de 2010 que direcionando fica muito mais difícil para os outros. Tenho que direcionar. Planos incomodam. Mas se aliviam na indisciplina. Se aliviavam.
Quem tiver que calar vai calar. Quem tiver que partir vai partir e assim por diante. Por favor, fique!! é Vc, fique. Com Hope R e tudo. no coração...no peito. Com pele e marca de sangue.

Tudo em seu devido lugar esse ano. Eu aqui, vocês lá. Estive aqui há muito tempo parado. Inerte. Forno de fortuna desativado. Estoque para queimar. Galpão cheio. Sem contatos. Rasguei a agenda dos compradores. Não quero mais compradores. Sou também um homem de negócios. Quero parceiros. Parceiros, como ensinam nos MBA'S por aí. Boas relações. Limpas. 50/50. De todo o conteúdo.

Não tenho receita. Estou em processo de franca expansão e evolução. Estou longe do meu corpo. Não como antigamente. Perto e longe.

Queria uma câmera. Desisti momentâneamente. As melhores fotos que saio não são as que eu tiro de mim. São as que tiram. Me avisam, mas tiram. Não eu. No camera. No flashes. No dramas. No peaces.
Sempre acelerei até onde não incomodasse. Eu tava fora. Nem tinha aberto. Não, não era veloz e furioso. Nunca. Não é a natureza. Boyz in the hood: Antigo. Indeciso. Claro. Explícito. Real. com perdas e sangue pelo caminho. Mas não parou. Foi estudar. Foi atrás. Está indo. Alguém tem que contrariar o sistema. Não quebrando, atirando, matando...nada disso. É só abstraindo pra excluir. Ninguém move uma montanha.
Estou falando de estar pronto. Sempre pronto. Neurótico? Soa como... A diferença final é assustadora: massa e Malcolm.

Mundo e Thìck. Coração intacto. Fé.