domingo, 28 de março de 2010

Oração


Olá...
Planeta Terra chamando xxxxxxxx câmbio xxxxxxxxxx

Seguinte: rápido e rasteiro: quero escrever sobre coisas fúteis. É isso. Coisas fúteis, sem importância. Sobre o rebolation. Ser surfista no lago Paranoá. Sei lá. Qualquer porra que faça minha cabeça parar de doer um pouco.
Deixar de ser o chato. Na verdade é só um desapego momentâneo. Ô loco...cansa...

Penso em mensagem...escrevo como mensagem...me preocupo com assuntos de mensagem. Herança da velha guarda. Ótimo- raiz, essência, pedigree. Mas isso automaticamente me leva á um novo ponto do egoísmo humano: o que isso me acrescenta?
Vou me lapidando? ok. Cada vez mais pronto? perfeito. Enxergar o que pessoas normalmente não enxergam? concordo.
Mas isso me teletransporta pra um estágio dentro do estado de solidão também: a solidão do conhecimento.
E isso é inevitável. A solidão do cara que enxerga entre os cegos. O cara pode ter um olho só e ser rei. Mas o que ninguém fala é que ele é só também, né?! Perde o direito de se anestesiar na ignorância...

É caro amigo, amiga, curioso(a), leitor fiel ou marinheiro de primeira blogada... Incômodo esse lugar viu?! Bem incômodo.

Ou você acha que quantas pessoas se remoem porque o ser humano está cada vez mais perdido e se perdendo?
Quantas vc conhece, que se preocupam em alertar os outros sobre isso?
E ainda aliando isso á uma base legal e ainda falado em prosa e rima. Com métrica, flow, linguagem acessível e de fácil compreensão. Mas que desperte a curiosidade em pensar tbm...
Ahhh, detalhe: e que coloque dinheiro do próprio bolso pra gravar isso. E ainda ouvir alguns imbecis, retardatários da humanidade falarem: rap é som de mano...só fala de treta, tiro e sangue. E ainda ter que pedir pros outros comprarem. Pedir!!! SURREAL!!!

E tem gente que acha que eh um dom enxergar e rimar. Se preocupar. Informar. Avisar. Alertar. Chama de qualquer coisa.
Dom? Ás vezes vejo como uma maldição...
Você não forja um cara assim. Não tem faculdade. Curso. Workshop. Simpósios. Se nasce ou não. Igual cor. Preto. Branco. Amarelo. Vermelho. Rosa. e ponto.
Você ver caras babacas, imbecis, que acham que sabem tudo, sem nem olhar pro próprio cú, te olhando com olhar de superioridade porque você é confiável demais, amigável demais, transparente demais?
Na boa... Enfia sua marra e seus amigos superficiais no bolso e sai andando.

Só quero fazer música e ter pensamentos da faixa alienada. Ó que maravilha!!! Só quero conseguir viver sem um peso nas minhas costas que carrego e sei que não é só meu. Claro que a maioria nem vai entender. Sonoro FODA-SE. Mais uma vez.

Por isso as pessoas vão se embotando. Porque o externo vai se tornando hostil. E está aí a maior contradição do mundo... Justamente com pessoas que se preocupam por todos. Que tentam enxergar por todos. Avisar todos, que todos estão se fazendo mais mal que qualquer outra coisa.
Deixa eu rimar sobre o rebolation, por favor Deus...
Dá essa força. Me aliena igual á massa...
Que porra de ganância o quê?! Deixa eles se afogarem nessa merda. Foda-se. Polícia que é ladrão. Ladrão de farda. Grupo de extermínio brincando de Deus. Me deixa deixar esse negócio de Brasil, mudança, união pra lá. Foda-se de novo. Deixa eu só ir embora do país, do bairro, de tudo. Começar num lugar mais civilizado. Mais ameno. Menos terceiro-mental-mundista.
Deixa eu falar da saia da menina que eu gostei; ou do relacionamento que não deu certo e a dor da traição; sobre como é o caranaval de Salvador; sobre a alegria do feriado. Do meu trampo na roça catando tomate. E só. Sei lá...qualquer coisa. Menos disso tudo que eu penso.
Agora se isso for impossível como eu suspeito que seja, tenho uma idéia boa também:
Me dá mais força então...pra eu rimar mais alto. Pra chegar explodindo os alicerces. Arregaçar mesmo. Seguir mais adiante. Ter mais inspiração. Atingir mais coisas com as minhas rimas que minhas linhas do caderno e meus próximos.
Fechar mais meus ouvidos pra essas merdas que costumeiramente eu escuto. As brincadeiras de depreciar os outros que a gente passa. Só por ser diferente. Me dá a força pra assistir o dia que os olhares de desconfiança e incredulidade caiam e se tornem de admiração. Porque isso acontece. E não é só em Hollywood.
Me dá força então pra continuar. Prometo que o resto, eu mesmo faço. Me tira esse cansaço só. Se eu puder pedir mais do que você aí em cima já me dá, só leva o cansaço da vida. Esse pensamento humano de dar uma bica pra cima com tudo e só esperar minha hora pra ir embora dessa merda de mundo que eu não entendo.
Nego quer paz e faz guerra. Nego quer ser feliz se destruindo, se traindo, se roubando. Se mal dizendo. Se desrespeitando. Poluindo. Pisando e matando por dinheiro.
'(...)Cê quer viver de amor do lado de quem mata por dinheiro?!'
... pois é.
Você tem que trabalhar pra ganhar um papel que te dá o direito de comer ou não. De vestir ou não. De fazer tudo que vc quer ou não. Se paga pra morar. Pra água. Pra luz. Pra continuar tendo uma coisa que você já pagou pra ter (impostos). Cara. Tem que pagar muito e ter muito. Muito.
Tudo se resume em papel. Metal. Sei lá. Acho que é tão simples que eu não entendo. Na moral.

Tem horas que eu queria ter nascido pra trampar das 09:00 ás 18:00, 1 hora de almoço. 05 dias por semana. Salário dia 05, vale dia 20. 20 dias de férias por ano. Chegar no final da vida e me orgulhar de ter 30 anos de empresa. Seguro saúde. Ganhar um relógio de presente. E achar que fiz o meu melhor. E REALMENTE acreditar que fiz meu melhor. Me aposentar. Comprar uma casinha na praia, sei lá.
Mas nem é o meu caso.

E tem gente que acha que é dom ainda enxergar tudo. Eu também acho, lá no fundo. Mas agora não tô em paz com isso. Momento. Já já passa.
'(...)Então pra falá, do que sinto cantei, cantei, me expus e até me emocionei... se Deus te deu o dom, se cresce não mano...é que cê tá devendo por 3!!!'

Hoje eu entendo melhor.

Mas põe a mão na cabeça.
Assalto?
Nem...
É que vai começar.
Começar?
- É.
E viva o rebolation.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Caminhar é preciso. (Pelo menos no meu caso)


'Valente morre mais cedo... valente antecipa, o seu próprio fim. - Na subida do morro é diferente...' - Na subida do morro é diferente; Originais do Samba.
Seguindo...

Sou quase o novo Eli. Estou á caminho de.Quem não entender, assista: O livro de Eli.
Resumo: O cara anda por '30 verões pro oeste depois do grande flash'. Deve ter uns 45, no total. Não sabe explicar o motivo real. Só sabe que está indo pra lá e que quando a hora chegar ele vai saber. O lugar certo. Onde não jogará pérolas aos porcos. Ando há 27; no total.

'Mesmo que você conscientemente não saiba nada, inconscientemente você além de saber, se move através... dessas coisas que você sabe.'
Verdade. Mais que verdade. Quantas vezes meu instinto me salvou?
Quando não devia, não dei um passo além. Sem saber. Julgando puro acaso. Pura sorte.Ou quando devia, mesmo com tudo me falando não!, fui.

A insegurança não é um problema hoje. Não nesse texto. Ela faz parte de tudo novo. E se não me acostumar com a situação, ela nunca vai fazer parte do passado. Tenho culpa de ter mais de um setor na vida para me dedicar?! De não nascer, crescer, trabalhar, procriar e morrer sonhando com algo diferente?!
Tenho culpa que gosto e participo de várias atividades que aparentemente não tem ligação direta nenhuma, mas no fundo são ligadas intimamente num ponto chamado 'EU' ?!

Eu tenho culpa? Tenho nada. E tem culpa eu?! Se bem que nem tô procurando isso também...

Então,
Não desviar do seu próprio caminho por m0tivos e causas externas, por mais justas e nobres que sejam, no meu caso, é bem difícil. Mas não desviar se chama foco. E isso é necessário. Como água pra vida. Como algo além das visões apocalípticas vendidas á granel quando o assunto é o futuro do planeta. Mas sem essa de empurrar a esperança da igreja. 'Morrerás de qualquer jeito, mas se fizer tudo que eu quero, serás salvo!'
- Mi hermano...tem vezes que quebro a cabeça para olhar e me salvar de pensamentos particulares. Você acha que eu acredito em salvação externa?! Sou demasiado racional e questionador para aceitar uma salvação assim tão 'de fora'. Imagina se na minha visão, alguém pode fazer algo por mim que eu não esteja propenso ou pelo menos livre para deixar... Na boa?nos poupe dessa chorumela toda, vai...
Nada de corações desesperados e sedentos por esperança vã. Não vão reconstruir nenhuma cidadela ás custas de algum desespero meu. Não existe nenhum vilão Carnegie na parte que eu vivo/atuo.

Todo conhecimento está aí, á mostra. E quase ninguém o vê ou o valoriza. 'Mas quando a época das trevas chegar, todos lamentarão o tempo perdido'. Está tudo aí.
Por isso eu sigo me lapidando. Me preparando pro desconhecido. Afinal: se você quer a paz, esteja pronto para a guerra.

Meus amigos reais (isso me inclui) são a personificação da lâmina que serve tanto para decepar mãos de marginais que tentam me tocar pela segunda vez sem minha autorização, ignorando meu aviso de afaste-se, como para me acompanharem no tempo em que estou só, apenas ouvindo alguma antiga canção com meus fones de ouvido.

'- Are you listen me, too?'

Vou seguindo só, pela estrada que inevitavelmente é a minha. Mas como a 'estrada é muito perigosa, Solara...muito perigosa. Você nem imagina o quanto', sigo com a minha lâmina mais minhas armas de fogo carregadas (por mais que habitualmente, apenas achem que todos as carregam somente para intimidação, mas sem projéteis reais. No meu caso, só existe um jeito de você saber...)

Na real?
Solo?
Sempre.

Desarmado?
Nunca.
Principalmente com tudo que preciso para viver. Meu cantil d'água, lâmina, armas e fé.
Pra continuar andando rumo á meu oeste. E quando chegar o lugar que me é devido, minha parada final, para descanso e transmissão dos conhecimentos que venho adquirindo durante essa longa jornada, eu saberei. Mesmo não sabendo de nada. Conscientemente não...

'Isso não é da sua conta... Continue no seu caminho...'- Igual um mantra.
Me obrigando e mantendo focado.
Como o velho Eli faria...


Por enquanto? Continuo andando.

terça-feira, 16 de março de 2010

Intersecção


Paralelismo de duas retas no plano (conceito): Sejam duas retas r e s pertencentes a um plano A. Diz-se que r é paralela a s (r//s) se, e somente se, r e s são coincidentes (r=s) ou se a intersecção de r e s é um conjunto vazio, ou seja, elas não possuem pontos comuns.

Paralelas: Sempre juntas; se enxergam...Não se cruzam. A sua união acaba sendo um conjunto vazio. Absolutas e distantes. Um dos maiores exemplos da atualidade. Independentes. Mas certeza que se elas pudessem falar...Dúvidas atrás de dúvidas. Tão retas. Tão humanas.
A matemática é muito poética. Os humanos poderiam ser mais matemáticos, poeticamente falando. E exatamente (no sentido de exatidão) também.

PARÊNTESES:
E - 'a beleza machuca...mas não! calma! é um machuca bom...'.
-É mesmo?! OK (risos)
FECHA PARÊNTESES.

Os instantes passam como operações; Errantes, restantes. Sobram estrelas solitárias na galáxia 'Memorian'. Mais próximo os finais da mesma história. Finais letais e nocivos como vitórias sem glórias. Esquecidos.

Muito bom. Tudo. A liberdade. O vento no rosto. E vou descendo mais uma ladeira em cima da minha prancha, surfando asfalto. Fone no ouvido. Cone Crew rolando. Crown Crew in Da Rua nascendo - C.C.R.[i.d.].

Não precisando interpretar nada que não sou, nem concordar quando não sei sobre o que estão falando. Nada de interpretar. Nada de representar. Represento os que não representam. Aí sim.
Estilo alternativo de vida. Diversão e reflexão juntas. SENSACIONAL!
'A galera só pensa no money e esquece da diversão'. - Concordo, parceiro. Concordo.Não essa diversão julgadora que entendem á primeira vista. Superficial. Anestésica.
Essa é necessária, mas nem tanto. É só um escape. A que eu estou falando é bem mais lenta. Bem mais interessante. Bem mais...hmmm.. simples. Se divertir com o que se aprende. E aprender por puro divertimento. Amor á evolução. Buscas constantes. Quase isso. Em todas as áreas. Nas ladeiras ou na profissão. É não entrar no modo automático da vida- BINGO!
Infelizmente, a consciência é pra poucos.

'Vai até onde o limite der'. Basicamente. Depois, tchau tchau? Hã hã!! Sem chances... Muito vazio pra ser um conjunto. E ando matemático demais de um tempo pra cá. Conjuntos. Paralelas. Compassos. Métrica. Tempo.
Impossível desempenhar essa função.
Mas se o andar fosse um pouquinho só mais baixo...
Eu ficaria marcado de bolinhas do tapete também...
P.S.- Um pequeno detalhe me saltou aos olhos agora: As retas não se cruzam. Ou... são coincidentes. r=s.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Debutante


debutar (de-bu-tar)
v.i. Estrear, principalmente na vida social.



Bom. Esclarecido isso, comecemos:

Cabeça pesa. Será que sim? Será que não? Mas...será?!

Vida adulta é outra coisa. Como a gente pode enxergar uma coisa, querer e nada. Pra quem debuta: querer não é poder, é ir.


Ainda estou zonzo. Mas não com a cabeça á milhão. Hoje não. Hoje estou bem mais lento. Mais lento para quase tudo.


- Ei, você! É, você que me lê exatamente agora!Pensa em uma coisa que você quer muito. Pensou? Agora multiplica por 1000. Aham? Agora pega isso, coloca num trem pra longe e fica da plataforma observando a 'parada' ir embora até sumir do campo de visão. Até virar lembrança...


Cara, não busco uma alma gêmea. Não mesmo. Caso exista, já encontrei. Faz tempo.

Seria tudo bem mais simples.

-Oi, td bom?! (Joga conversa fora 10 minutos...)

-Vamos?!

-Vamos!

- Ôooo...


Fim. (Pode subir as letrinhas...)



Mas não é. A gente enxerga. Sente. É pra pensar depois e de repente, pensa antes. A ordem cronológica correta não é meu forte. Isso não quer dizer que não possa vir á ser. Muito suor e percepção. Auto-percepção.

Sabe o que é foda em debutar?! Uma parte da inocência fica na parte passada. Seja infância, adolescência, ou até mesmo na vida adulta, antes de se notar REALMENTE o que a vida adulta nos proporciona. De bom. De ruim. De prazer. De dor. De tudo.


É enxergar e sentir uma coisa, mas não ter mais saco (ou tempo ou vontade ou fé, ou tudo junto!!) nisso. É não se arriscar tanto. É buscar não errar. Fugir da essência humana. Se afogando nela.

-Praticamente...(Diz a mãe)

-Praticamente?! Digo eu.

Cheguei primeiro. Independente de cicatrizes ou anos corridos. Continuo o mesmo. O colágeno da pele pode ter mudado. Meu olhar também, mas não ao ponto de desfigurar ou me perder. Isso nunca.


Estou debutando na prostituição. Não, não estou indo em zonas. Não gosto. Nunca gostei. Não faz meu estilo.

Não, não estou me vendendo por grana. Não,não. Nunca tive grana demais ao ponto de gastar com superficialidades e luxos que me façam ficar deprimido por um par de tênis. Ou por um carro. Minha depressão vem de outros motivos. Motivos internos. Assuntos internos.

Debutar exige traje de gala. Dia de paixão. Ansiedade. Delivery também. Sempre aguardando o telefone tocar. Foda que quem tem esse poder é o 'cliente'. A gente só reza. E espera.


Sabe. O que importa é a preparação. O mental. A intenção.

-Ahh, não dá pra ser assado??! Então manda cozido!

-Que, nada de cozido?! Então manda cru mesmo...


Adorei. Adoro. Nunca vou deixar de gostar. Debutar talvez seja uma pista de boliche. Ou uma bela viagem. Se está e não. Se usufrui e não. Se sabe que tem um prazo. Como aqueles sapatos legais que se joga boliche mesmo o são: Sabe-se que por mais que tenham ficado ótimos, não serão seus. Isso é triste. (Será que não?! Ninguém sabe...)

Só se espera mais uma vez, pensando como da próxima vez pode-se melhorar o desempenho. Atingir um nível acima. E se espera pela próxima.


O que sobra depois do baile de debutante da vida adulta?

Lembranças. Aos montes. Idas ao banheiro para tomadas de fôlego. Falta de sono. Excitação. Pouca distância. Gostos que já se confundem e cheiros que já não nos acompanham. Texturas que trazemos impressas no corpo como as digitais que correm pelo mesmo. Muitas vezes, arrependimentos. Mas arrependimentos com sorrisos fujões pelo canto da boca são completos? São válidos? Acho que não...


Sobra exatamente isso: A solidão dos sorrisos fujões do arrependimento-mal-arrependido.


Não tenho mais a capacidade de me apaixonar. Mal olho pros lados. E se olho, olho e logo volto para o prumo. Pro meu caminho. A preguiça me toma. A falta de interesse. Não por causa de ninguém em especial, sem mentiras, por favor.

Por tudo que já passei. Por já ter debutado. Por ser precoce.

Não me agrada nem um pouco estar contra mim. Nem um pouco.

Poderia estar tudo á favor.

Debutar é descobrir que o final não chega com o sorriso. E nem o sorriso chega no final. Nem sempre.

Buscar algo que não vou encontrar?! Sem essa...


Se eu pudesse escrever tudo aqui...

Mais fácil me expressar por mosaico.


SAUDADES. ESPERANÇA. FÉ. AMOR. CHANCE. SOLIDÃO. PAIXÃO. ALMA GÊMEA. SOM. SEMPRE. D.M.B.. BEN HARPER. PELE. DISTÂNCIA. PROXIMIDADE. ESSÊNCIA. RASCUNHO. VERDADE SUPREMA. MAYA. PARTICULARIDADES. RAIVA. DORMIR. ACORDADO. SALA. LADO. ENTENDIMENTO-OLHAR. ARTE FINAL. LÁGRIMAS. TURBILHÃO DE PENSAMENTOS. BANHEIRO. SALÃO. SUJEIRA. JANELAS. BARULHO. PRETA. CONSPIRAÇÃO Á FAVOR. CASAMENTO. BURRICE. CANTO. ESTRELAS. TIMIDEZ. FODAS. PASSADO. PRATICAMENTE. H4CKER. HONESTIDADE SEMPRE. 2 MÚSICAS. 1 CORAÇÃO.


'Se o mundo inteiro me pudesse ouvir...tenho muito pra falar...'


Me lê. Me olha no olho. Se enxerga. Me enxerga. Nos olha. Cai na real logo. Fica. Some. Liga. Joga. Sem jogo. Lembra. Chora. Pensa. Solta. Assume. Adora. Corre.


Tem razão. Eu sou. Sou eu.


E a professora pergunta:

-Arthurzinho?


E ele responde:

- Presente!


E segue o carrossel. Um cavalinho subindo pra outro descer. Uma trilha sonora de fundo. Pena que o meu cavalo está quebrado. Ele não sobe.

Mas o parque continua cheio de diversões.


FIM. (COM SORRISOS FUJÕES) (E SOLIDÃO).

terça-feira, 9 de março de 2010

Conexão Direta


Hoje tudo esquisito. Aquela sensação de solidão está maior. Aquela que não importa o quantas pessoas estejam te rodeando. Continuo só.

'Preciso aprender a ser só, me fortalecer só...' falam aqui no meu fone. Mas irmão, já aprendi. E vez por outra vejo que não tem como dominar por completo esse conhecimento. Constato.


Sabe quando se para e fica olhando pro nada? E ao mesmo tempo que se pensa em tudo, a cabeça está vazia? Pesada. Nem sei se alguém me entende.

E ao mesmo tempo que eu estou parado, meu corpo quer mover. Tô pensando em sair. Pra arejar a mente. Colocar tudo no seu devido lugar. Respirar só pra sentir o ar sabe?


O negócio tá estranho. BEM estranho.


De tempos em tempos erro mais. Percebo mais as coisas que me faltam. E isso não é justo: comigo, com a minha vida e com o que está presente. Com QUEM está presente também.

Irmão. É melhor pedir perdão do que só pedir. Muitos distúrbios são criados e descobertos no trajeto. Não tem?! Foda-se você. Nem se enxerga ... 'Nem é o que eu espero; mente passiva sabe nem o que é ser sincero'.

É fácil neguin falá merda e ser o dono da razão. Isso é o esperado da massa. Um monte de 'donos-da-razão' se fodendo pra pagar boleto e almejando uma casa. Ganhar na mega-sena também. Bem provável. E fim.

Conhecimento é merda. O legal é jogar conversa fora. E nessas, sem querer a gente vai jogando a vida de quebra. E continua no 'não-erra'.


Sempre só. Nem dá jeito. Bom pensar. Bom entender. Melhor evoluir. Pra não ser enganado e continuar sorrindo para quem não sabe o quanto é difícil sorrir desse lado de dentro da epiderme. A diferença é clara: vejo vários falando bonito, discurso afinado, batendo no peito. E tudo descompassado na real. Na boa? Me esqueçam. Só vão obter de mim o que cativam. Cansei da palhaçada. Cansei de jogar pérola aos porcos. E porcas também...

(aliás, umas bem parecidas mesmo).


E o fone fala de novo: '(...) poucos merecem o meu respeito e os nomes eu sei de cor'.


Cara,

ATRAVÉS DO MEU FONE, QUEM FALA É DEUS!


'acredita, e nada no mundo vai te parar,

acredita, que acreditando pode voar!

Bate as asas e vai, bate as asas e vai'


Antes só?!

Claro.


SEMPRE SÓ?!


Vai sabá ?!!?




quarta-feira, 3 de março de 2010

'Aba Reta'

Nova composição, pra recepcionar da melhor forma a chegada do mês de Março nas minhas contagens, com toda a inspiração de quem, como uma regurgitada, bota pra fora tudo de uma vez só.

Somente trechos, como os leitores mais antigos já sabem.


Título: Aba Reta
Composição: Shak
Local: 011, Brasa


'Aba Reta'


''...Respondi pra autoridade: 'continuo andando armado,
com rimas, bits, casos e juízo(...),



...Minha cabeça é o tambor, esse aqui é o pai da Maya,
minha boca é o cano, doutor,
vou rimando e proferindo muito mais que apenas raiva (...),


...num ia ser nesse momento, que eu ia consegui te explicá
tô há 27 aprendendo e ainda num parei de errar...,


...Revolucionário no foco, na mira, na fita, na cena
Não adianta o mundo ser grande se sua cabeça se mantiver pequena,


...Aba-reta, Aba-reta,
Vírus no sistema, na real, na direta, ''



Rimas em evolução.

E seja bem-vindo Março!!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Tip.




Pequenês: Cachorro de apartamento. Hoje deixaram ele um pouco mais hippie (ou r.i.p.?), com uns cabelos maiores, estilo 'O Grande Lebowsky' da cachorrada e chamam de shi-tzu.
Cachorro de apartamento. Quando sai pra rua é fogo.Quando fogem então, meu Deus. Existem casos até de surtos! Muita ilusão em contraste com muita realidade. Choque de 110; 110.000 Volts. Tem cérebro que não aguenta né?

Muita rua pra eles... começam a perder a esperança. Sei lá se é um processo normal. Não sou analista, nem psiquiatra. Um projeto de filósofo. Solo. Da rua. E quando uma das partes está envolvida, não tem como julgar. É no mínimo anti-ético. Então vou que nem o Chico Langhi: deixando claro meu time, mas comentando.

Só tenho uma mensagem pro meu gafanhoto: Forget it!
Na boa, deixa de lado...
Igual aquela teoria dos conjuntos vazios do colégio: contendo tudo e nada ao mesmo tempo. Velado.

O caminho não é a revolta explícita. Essa é amadora; apaixonada, melhor...Cega e te coloca na maioria das vezes em encrenca. A missão? engolir raiva e arrotar poesia. Regurgitar algo melhor, meu irmão. Isso sim é reciclagem. Redução. Reutilização. Aprender esses princípios fora dos livros. Se chama empirismo.
E isso não quer dizer que não penso sobre essas coisas. Ou que não tenho opinião formada. Sim, faço algo sobre. Não preciso de divulgação pra isso. Ficam sabendo com o passar do tempo. Tranquilo. Tudo no seu tempo mesmo. A lei do mundo é dar voltas. Voltas voltam.

A vida é boa irmão. Desde que você descubra as regras do jogo. Respeite-as. Sempre. Acima de qualquer custo. Leis são necessárias. Traçam os limites. Limites são fundamentais.
A disputa não é quem acumula mais grana. Mais filhos. Mais sorrisos ou fotos felizes. Pobreza não é sinônimo de derrota. Nunca foi. Pra quem consegue enxergar além dos esteriótipos modernos. Não tô falando que ser pobre é legal. Nem fodendo. Nem há uma disputa.

Ouvi ontem um artista underground do Grajaú, vulgo Criolo Doido, falando em um documentário sobre isso: 'desde pequeno a gente aprende a ficar feliz ganhando do outro...lembra de quando você empinava pipa?! aquele negócio que você sente quando corta o outro cara? Ninguém na vida, ou na pipa, avisa que o do lado tá com cerol. É seu direito empinar, ver o pipa lá em cima, a liberdade... mas sempre tem alguém com o cerol'. E concordei. Concordei mais ainda: 'não tenho raiva de ninguém melhor. só quero chance de poder ser bom também.' Aí fui ao delírio.

Não é porque não gostam de mim que sou obrigado a agir como esperam e não gostar de volta. Claro que o fato de não gostarem, muitas vezes, afasta ou limita o convívio. Mas é só isso. Cada um com os seus motivos... ás vezes alguma feinha insegura conhecida...as pessoas precisam achar bodes expiatórios pra livrar os reais culpados. Eu entendo a mecânica do processo. Algum 'segundo coração' sem pulso. Algum qualquer coisa que exista por aí.

Obs.: Só uma coisa nãopodem falar: que vendo ilusão. Ás vezes me torno até comum de mais por conta disso. Chato. Inconveniente. Mas... não vendo. Isso não tem como. Desculpem por isso, se a intenção era ler ou ver algo desse tipo. Procurem o David Coperfield pra isso. Chacal é impostor segundo definição; não ilusionista. I'm so sorry.

Continuando...

Necessidades existem e a meta é supri-las. Nada de novo até então.
O jeito que eu vou atrás de riscá-las da minha lista é o porém. Se eu atrapalho alguém, atravesso, prejudico propositalmente. Se tudo tem um preço, ou todos tem um preço - bifurcação pra conduta. E se eu me incomodo com isso ou nem.
Sei que esses papos de caráter tão meio fora de moda, mas é o seguinte: Graças á Deus, tive bons exemplos disso em casa. E não os segui por um tempo achando que quem segue as regras são todos otários sem visão, manipulados do sistema. Juventude revoltada é uma porcaria.
Hoje eu os vejo como idealistas. Ideais.
Isso tudo foi escrito, afim de ilustrar o conselho pro meu pequeno aprendiz.

Menino, ninguém precisa ser ingênuo para ter o coração puro. Ou para mantê-lo puro.
E nunca se esqueça. A diferença do bem pro mal é sempre tênue. Nesse caso, ortográfica até: um 'r' para um 't'.

Os anos transcorridos, um mero detalhe. Pense nisso. E sempre escute o coração. Pu'R'o.

- SEJA O BEM.
(pq se EU não for, quem vai ser?)