domingo, 23 de dezembro de 2012

Mais uma de amor.

Nunca me atentei à esse negócio de idade. Nunca fui muito fã de ficar escondendo ou mentindo isso.
CALMA! Antes de mais nada, deixo claro que continuo o mesmo de antes.

Mas uma coisa que me pegou desprevinido, que na época passou muito tranquilamente mas só agora, olhando mais de perto e analisando percebi que fez diferença foi a minha chegada aos 30.

Sem nostalgias ou hipocrisia, mas essa atualidade me faz sentir cada vez mais velho, deslocado. E não falo isso com aquele velho papo-clichê do tipo ''no meu tempo as coisas eram outras''. Falo com a propriedade de um deslocado contemporâneo.

Não gosto de inovações. Ok, pode ser meu lado meu velho, meio chato, até meio ranzinza aceito. Mas convenhamos, muito mais difícil primeiro ir pra cama para depois saber o nome da garota né?! Ou ainda muito mais chato ouvir músicas dessa atualidade tão comercial e tão sem conteúdo. Falam de amor sem nem sentir o coração bater mais forte. Sem ter que esperar uma ligação ou uma cartinha. Sem ter esperado um amigo ou amiga falar com a pessoa.
Culpa de quem?!
Sei lá...
Talvez nossa mesmo. Talvez da velocidade da informação. Talvez do diabo. Vai saber...

Quem 'criamos' wi-fi, sms, bluetooth, tablets, smartphones, laptops, netbooks e essa porra toda?! A urgência. A intransigência?! O orgulho próprio. A humanidade se afoga nisso todos os dias. Por mais dramático ou pessimista que soe, é a mais pura constatação. As pessoas perderam a capacidade de esperar...esperar um pão acabar de assar na padaria, conversando na fila. Esperar o tempo de outra pessoa, já que se troca de pessoa mais fácil hj do que de meias. E olha que prefiro andar de chinelos...

A cada vez que encontro alguma mulher que passou pela minha vida e as vejo felizes, sinto alegria. Sem demagogia e com uma pontinha de ciúmes, mas feliz de verdade. Sei das pessoas incríveis que tive e tenho contato. Agora quando as vejo se separando e sofrendo, com medo de se envolver de novo como agora pouco uma me confidenciou, me entristeço. De verdade tbm. E fico triste, porque mesmo que involuntariamente, parece que cada pessoa que conheço e sei da natureza exata (do bem) que desacredita da parcela da vida relacionamentos, eu desacredito um pouco mais tbm... já que não sou um poço de virtudes.

Já pensei em virar monge. Em simplesmente deletar da minha vida essa área e não me relacionar. Simples assim...difícil assim. Focar minha carreira, meus objetivos egoístas e ultra pessoais e ponto.
Independente de qquer escolha...uma coisa segue sendo fato:
Só existe energia para um caminho. E as dúvidas normalmente são opostas. Vida de solteiro é muito legal, mas a conquista e a felicidade nunca se torna real se não puder ser compartilhada e para se ter intimidade, cumplicidade e vínculo real e verdadeiro, daquele casamento de 50 anos que almejo ainda ter igual um adolescente da minha época, é necessário isso.

O ponto-chave é saber como exterminar essa preguiça de trazer pessoas para minha vida que me sabota. Que não me deixa evoluir. Ou talvez só não sejam as pessoas certas...ou o momento certo...ou qquer outro fator de considerável importância nessa equação humana tão complexa e simplória que minha reduzida capacidade mental insiste em não resolver.

Como diria um sábio chinês:
Vai sabá?!




T.U.R.Ô.|T.H.U.I.

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