terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Under the ground


Essa é pros meus guerreiros, pros contrabandistas, pros procurados e não encontrados.

Gângsters modernos, Originais também.
Sempre com o passo lento e premeditado.

Essa é pros que estão á beira do abismo fumando 'S' e sorrindo. Ex - In - Conscientes também.
Me mostre algum amor, querida. E dance. Show me love e Ska-Ba-Dar.
Eu queria voltar um tempo. Só um tempo. EUA? ou Eu? A.
Sonho de mãe... Não sai da cabeça!
Eu quero que me ensinem á crescer. Mas não passa nenhum programa sobre isso na TV...

Me ensinaram, numa guerra, a não correr. E agora eu colho os L's disso - os louros e as lágrimas escondidas. Vencer ou não, pode acontecer. Deixar o oponente ver minha tristeza no semblante? Nunca. Não isso.

Só pergunto: e com a paz o que eu faço? Crio uma guerra? Mudo de bairro? de vida? de amigos? Sorrio o sorriso falso como os das fotos 3x4?
Acho que não...

Lá de Manhattan até a Aclimação. O imperador está de volta. Sorria, baby. Pode se soltar. Não estão olhando. E se estiverem, pode falar que foi uma alta nas ações. Que a economia aqueceu.

E você, filho da puta. Se está com medo, treme. Se está com sorte, caminha. Aqui não é a barra de pesquisa do google. E pra chegar até aqui, eu suei.

Dou risada de tudo isso. Pode me trancar, cara. Mas já te adianto, não vai trancafiar o meu pensamento. Nem o meu barulho. NUNCA.
Faço barulho mesmo. Sempre.
Essa é a luta universal. E você vai ver quando chegar até a grande massa. Você ainda vai ver. Aí da sua TV Led. Baturité St. E vai sorrir. De novo. Espero que esteja esperando mais perto.


Enquanto isso vou enlouquecendo com a minha mente. Admirando o que sai e o que fica. Não confiro. Não é um carregamento com nota fiscal. É tudo ilegal. Contrabando milionário. Cargas valiosas que valem bem mais que metade do valor.

Nem eu, vejo quando sai. Não planejo. Pode parecer perfeito como a fuga de Fox River. Mas não é um seriado de TV. Por isso me esforço pra não errar. Aqui não são roteiristas pensando. Não tem equipe pra protagonizar essa saga. Por isso, aqui os erros são caros. Os erros aqui podem custar vidas. Não pro chão. Se arrastando através dos anos. Zumbi. E não é dos Palmares.

Por isso eu falo e canto alto. Buffalo Soldier. For all. Quilombolas da metrópole, um dos seus está aqui. Pronto para tudo. Musicando muito mais que as bases, as mudanças.

Minhas palavras voam pelos alguma-coisa-bytes. Sorriem quando leêm. Tô cagando pro contador do blogger. Isso é só manipulação e controle. Explodi o meu ontem.

Eu me acho aqui. Mesmo CEP. Hoje é mesmo I.P. também. Pros federais me acharem se preciso. Mas meu computador é um notebook. E minha internet é móvel. Para no caso de fuga, não perder dados e informações.

Quente. Muito. Fervendo, cara. Eu derreto tudo. E na boa, quem entende isso aqui sou eu. Pessoas entendem metade no máximo. Deveriam me ler como escutar uma música. Entendendo, sem concentrar. Atentos. Tudo aparece muito mais fácil assim. E beira a genialidade em certos momentos.
Um tempo pros meus guerreiros. Pros meus contrabandistas. Pros meninos da rua que escutam o que as ruas dizem. Seus medos e pedidos. A rua está cansada, cara. Pode ouvir.
Os que andam por aí observando caga tag de giz. Cada canto e cada quina que passam despercebidos, pra quem não tem tempo de olhar.

Para as gírias que expressam o que as palavras formais não alcançam. Como escadas para prateleiras em pés-direitos duplos, triplos. Como escadas de bibliotecas, que dão acesso á informação das alturas. Rumo á elas.

Observe os cantos também. Observe. Vai achar até o que você não quer ver. Tudo está tão na cara que fica mais difícil enxergar. Eu me levanto pra luta como o Sol pra brilhar. Coloca meu nome aí.

Olha pros olhos do cara que tá ali dormindo um sonho-alcoólico. Minha música sai dali. É da boca sem sorrisos perfeitos e retilíneos. Da coisa como é.
Da pechincha pra sobrar qualquer coisa. Pra pagar o justo sem pensar pelo que realmente vale. Dos joelhos que realmente acreditam no que passam em nome do perdão. Da amizade que sobrevive ao tempo, e se lapida em vez de desgastar. Porque colocam o lado ruim para corroer e acabar logo. E aí sim polir pra brilhar aos olhos do mundo.


Toda vez que eu penso nos reveses, me lembro que sempre tem metade de chance. Isso é sabedoria da sala de aula. Probabilidade. Estatística. Porcentagem e Análise Combinatória. Saber que eu posso o que eu quiser, desde que esteja disposto á pagar o preço, é sabedoria de vivência, vulgo experiência. Saber se o preço é caro ou não e estar disposto á não pagá-lo caso não compense, mesmo querendo o 'artefato' em questão, isso sim é sabedoria de rua.

A mesma que não sabe muito da escola com muros, mas sabe que a camada de valência é muito mais do que química. E que não se troca simplesmente por afinidade ou necessidade; qualquer coisa. Nada. Nem elétrons.
Que as famílias são na vertical. E os períodos sempre na horizontal. Portanto, os períodos atravessam e unem vários membros, de várias famílias, através da tabela. E que nem sempre ter mais é melhor ou mais estável.

Que não se soma sem antes ter sido ou no mínimo, tentado á, subtrair. Que só de não se dividir, já se está multiplicando. E que não é só a planta que gera seu próprio alimento.
Que a ciência e medicina está tão avançada que me fizeram com o coração e a força de um leão. Quando lembro, solto um rugido. A babilônia cala. Como o povo de Judá espera.

É o que se aprende entre as camadas de consciência que ficam. Entre as folhas mentais. Papel-arquivo-memória.
Que não se pode ser duro demais, senão quebra. Nem mole demais, senão escorre. Isso é botânica humana.

Eu sei, é sensacional meu! Vai contar pro seu amigo que você viu um blog que o cara escreve umas coisas meio nada á ver, mas que parece inteligente e ele fala meio difícil ás vezes. Que ele parece ser muito foda.
Não, não é sensacional... É preciso. Real. Ao extremo.
Irônico:
Quando vê o mesmo cara na rua, ou atravessa com cagaço, ou olha e rotula.

(- Ih, esse é 'mano'. Esse é arruaceiro. Esse é brigão. Esse é burro. Esse é ladrão, já que é tatuado. Esse já deve ter sido bandido. Pela cara de uma senhora outro dia, parece que fui a encarnação de Hitler! E ela ainda soltou: ' Pra gente tatuada tem empresas que não empregam né?' (Risos)
Respondi: É. Mas não estou procurando emprego mesmo. Estou produzindo trabalhos. Ela não entendeu nada. Eu sim. Fui embora. Metade raiva. Metade rindo. Legal é virar robô. Não pensar. Não viver. Só cumprir horários e morrer sonhando com algo melhor. Mas se você viver algo melhor, não se esqueça: cuidado com as senhoras pela rua!!)


Flexibilidade, Força, Resistência. Tempo.

Pra não envergar com o peso. E não se acomodar sem peso também e crescer pra qualquer lado. Aqui tem luz quase sempre. Foto-tropismo é visão real.

Eu vim disso. 27! Um cara que nem eu é exceção aqui. Vivo. Ninguém sabe nem da metade de tudo. Como essa cabeça chega. Mas ELA sabe. Acompanhou. Acompanhou sim. Amparou. Sem ser aparador. E para aparar a dor?

Tudo o que eu tenho certeza, em 2000 eu vislumbrei. Em 2001 testei, mas não acreditei. Em 2010 é fato comprovado. Literal questão de tempo.
Eu só vejo juízes batendo com o martelo; como donas de casa batem em bifes. Não passa de carne. Não para mim.


Isso me emputece, revolta, deprime. Cólera. Resistência. Rastafari. A mente está 'dredada'...
Sou cobrado pelo que esperam e nunca pelo que ensinam ou entregam. Na verdade me falam que só devolvem. Mas como podem me devolver algo se eu não tinha nada pra dar? Como alguém sem experiência de vida boa pode devolver flores? Só via flores em enterros. Vi algumas dúzias.

Do lado do Glicério, ao lado do centro velho. Do lado da Paulista. Centro financeiro e comercial. Status. Centro. Do lado da riqueza. Do lado da pobreza. Sei bem a divisão. Vivi entre a rua e carros de centenas de milhares de reais. Mansões de cinema e batidas policiais. Não necessariamente nessa mesma ordem, ou como aqui, na mesma f(r)ase. E isso não é uma função. Não mais. E nem 'isso'. Hoje tem nome. Sobrenome e busca profissão. Nasceu artista já. Mas isso não é profissão sem mídia... Não?

Você acha que 10, 15.000 me abalam? Nunca tive nada, xará. Estou aprendendo a construir agora. Estou no começo. Mas quando eu pegar o jeito. O mundo não vai me seduzir mais. Aparências já não me seduzem. Hã Hã. Não hoje. Franca expansão.

Eu posso estar cansado, mas eu não durmo. Estou de olho em tudo e cercando o território. Mais tarde a guerra chega. Eu sei. E estou montando meu exército.
Cavando minhas trincheiras. Que vão surpreender inimigos. Enterrarei-os nelas.
Premonição?
Déja -Vú.

Ah, minha roupagem? Falemos da roupa:
Minha roupa é larga mesmo. A verdade é que isso é feio e coisa de pobre se você não for da mídia. Riem. Rio por serem todos iguais. Igual Marley, rio.
Se for rico, chamam de estilo. Vira tendência. Coleção. Ganha as passarelas. Sou eu. Sempre foi. Continuo sendo. Pra quem quiser ver. Ou lembrar.
Eu vivo a parada. Eu sou o cara de boné e camisa larga que lê Patativa do Assaré, que não lia; e conversa sobre Madlib, compassos e sonetos. Bits. Sobre a Carta aos Coríntios.E Corinthians. E arte suave. Nem tão suave também converso. Jogo xadrez com o meu corpo.

Lembra do nome de rei, mencionado alguns textos atrás?
Você AINDA acha MESMO que foi á toa? Que é?

Eu sou perigoso. Mas não do jeito barato de compreensão instantânea. Aquele que não importa o que você comprar, não vai ter intenção que compre.

Escuto Aretha Franklin. E oro uma pequena prece pra você também.

Eu não sou marginal. Apesar de roubar mentes. Eu não sou gângster, apesar de ter um bando aliado e fechado comigo. Não beijamos no rosto. Matamos olhando no olho.
Não, não sou nada que normalmente você pensaria ou definiria. Não como realmente é. Sou. Soul.

Sorrio entre as engrenagens. Paro. Olho. Faço rir. Corro tão rápido que também faço curvas quicando de lado. Expresso o que sinto e penso sem palavras. Nobre vagabundo também. Desafio coisas e tento arrumar o que muitas vezes não terá conserto nunca. Penso muito no rumo das coisas. Essas questões me importam de verdade. Muito mais que meu bolso furado das calças surradas que também uso.
Mas embaixo da minha maquiagem esbranquiçada e do meu bigode e barbas pra me protegerem dos efeitos da vida, não querem realmente saber se correm lágrimas, apesar de muitas vezes me perguntarem se eu estou bem.

Para que saibam, mesmo sem querer: correm, vez por outra.

Igual qualquer palhaço dos tempos modernos.

2 comentários:

  1. eles reprimem gente, assim que nem voce. Onde o que vc acha... que é arte, é tachado de vandalismo pelos que nao a compartilham com voce.

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  2. Só tenho um pedido á quem for comentar...
    Deixe a cara á mostra.
    Obrigado pela leitura e ponto de vista.

    Acid T.

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