Bagunça (verbo). Bagunça. Bagunça.
Paro. Aquela respirada básica. Nem toda respirada é vital. Mas aquela quando seguro o ar o máximo que consigo, tentando mantê-lo somente com a posse descomunal humana e de repente fffffhhhhhhhhhhh - inspiro. Involuntário. Instintivo.
Isso é a definição de vital.
Qualquer coisa abaixo disso não.
Veio o verão. Suei
Veio o outono. Gripei.
Veio o inverno. Quase congelei.
E no meio do frio, esqueci por um momento que a próxima era a primavera. Chegada das flores. Ainda ventos frios no começo, porém, mais amenos. Como a sabedoria da natureza ensina.
Muito medo. Muito nervoso. Estive em guerra.
A maioria dos ex-combatentes que conheço não apreciam a primavera. Só esperam (e buscam) a próxima. Guerra.
Vivem para guerrear. Só assim se sentem vivos. Relatei aqui em águas passadas que 'a época bélica é onde me sinto mais vivo'. Atenção: MAIS.
Isso não quer dizer somente.
Fui. Com as minhas próprias mãos. É fato que fui atingido e quase morri. Fui carregado por kilômetros. Mas no final recuperei minhas forças.
E aí o óbvio aparece: quando se bagunça muito (e quase tudo fica fora do lugar), a única opção que nos resta (me) é arrumar.
E até o espírito de arrumação, a visão sobre novos pontos, tudo é modificado.
E aí, como naquele 17 de novembro :'(...) e um dia acordamos e percebemos que a dor passou(...)'.
Apesar da bagunça externa de hoje, o interno nunca esteve tão arrumado. E essa é a maior sensação de paz que alguém pode ter. COM CERTEZA.
Pelas próprias mãos. E agora.
GRANDE TUCA!!!
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