segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sinistralidade, Darwin e Oscar. Pt 1


'O tempo é importante, mas não mais que os fatos através dele sucedidos' - Eu.

Cinemas antigos me agradam muito. Ontem voltei a ter esta experiência, que não pode, deve ou vai ser relatada aqui brevemente. Seria deixar de lado a mágica em prol do saco do leitor. Por se tratar de um blog, por favor entendam: o leitor não influencia ao ponto de me fazer mudar o que tenho para escrever.

Voltemos

Primeira 'novidade' antiquada. Bilheteria sem fila. Isso mesmo, você não leu errado. Bilheteria. Uma. Única. Sem shopping centers ao redor do cinema, como uma ostra ao redor de uma pérola. Essa pérola não nasceu de uma ostra. E provou que ostras não são necessárias nesse caso.
Pago.
O semblante da moça do caixa, metade saco cheio do trabalho, metade solitária, foi inspirador.
Real.
Ainda restavam alguns minutos pro filme. Resolvemos tomar um café. Moca Menta. Ficou só a expectativa do que poderia ser. Igual pais autoritários e frustrados com filhos novos (ou mais velhos...). Telas em branco. Futuros homens-bomba.

Entre um gole e outro daquela bebida insossa, que nada tinha de menta para o meu paladar, entre uma história e outra (esquetes na verdade!), uma constatação e outra, teorizamos, rimos. Chegamos á conclusões óbvias, mas divertidas sobre assuntos de pouco conteúdo filosófico ou lírico, mas excelentes pra alimentar a vida.
Na sua forma mais simples de significar.
Eu e meu irmão. Chorei de tanto rir, na verdade. Ele menos. Esses subtos surtos de riso que não se pode (muito menos se deve!) conter. Hilária a cena. Na minha visão, claro.
Os 2, cada um com seu micro-copo de 'fucking moca menta', olhando e pensando ao mesmo tempo: 'porra, paguei 6 paus nessa merda?! e nem tem gosto? e vem pouco! e que merda...'
Caras de tacho.
Ri disso, exatamente. Do assalto. De ter sido enganado. Me julgando muitas vezes tão esperto.
Chegamos a conclusão que parecíamos estar em Londres...sem nunca ter estado lá! E mais risos. Sensacional.

Concluímos o tal 'mocamothafuckin'chinno menta' e saímos. Rindo ainda. Dançando entre os carros, em plena Av. Paulista. Não swingantes. Passos firmes, mas com ginga. Donos daquela fração de tempo, momento e espaço.

Só feliz por estar ali; com a melhor companhia que poderia, vivendo exatamente nada de extraordinário. Alimentando a vida. Em seu mais simples significado.

E olha que o filme nem havia começado ainda...
nem as lembranças.

CONTINUA

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