quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pt. 3 - BROOKLYN'S FINEST.(O que Eddie, Sal e Tango me ensinaram. Charles também)


Após todas essas sensações mais que especiais, o mundo exterior foi simplesmente abstraído e me teletransportei, como na enterprise, pro mundo real-nem-tanto do projetor antigo (bem acima da minha cabeça) que insistia em ser lembrado através dos 'clacks' que vez por outra soltava. Até então, se acabasse a luz ou qualquer coisa do tipo, já me daria por satisfeito. O local já havia cumprido e superado as expectativas colocadas.

Mas claro que não havia acabado ainda...

Sei que é uma pergunta clichê. Famosa. Desculpem até a ignorância neste ponto...mas assim, realmente não sei a resposta: qual imita qual? a arte ou a vida?
Eu tenho uma teoria. Não é das boas, mas também não passei muito tempo pensando nela, afim de combater as perguntas mais capciosas: A arte só imita a vida para aqueles que não tem aquela realidade. Logo, (por ser impossível todos possuírem contato com todas as realidades existentes), em algum ponto a arte imita a vida. Sem falar da necessidade do ser humano vivenciar a arte. Não ser o mesmo-humano. O normal. O 'tudo igual, sempre'. Mas aí eu passo para os filósofos habilitados. Sou só um curioso que tenta realmente usar mais que apenas 10% do cérebro. Atentem: tento.

Entre dilemas morais, violência, ambição, família e resignação, fui me encontrando também.
Histórias completamente diferentes. Todas com o mesmo pano de fundo. Todas, no final, tem.
Mensagens tão escancaradas que se tornaram batidas...quase subliminares. Afinal de contas, a coca-cola não precisa mais dessas mensagens pra vender.

Sal - morreu por querer mais do que poderia ter naquele momento. Literalmente, falta de paciência. Mas como ter paciência passando necessidade?! Aliás, necessidade é principalmente uma questão de ordenar corretamente a lista particular de prioridades. Família é tudo. Pressão por conta dela não. Sal me deixou essa lição.

Eddie - me mostrou que a qualquer tempo é tempo. Independente do que o mundo pense. Mas... é necessário 2 coisas. 1- algo que me motive (nem sempre do jeito mais cômodo). 2-conhecer exatamente o ponto falho; e não estar contente com ele, por mais que pareça acomodado. Também ensinou que falta de família é foda.

Tango - O meio nos transforma e somos capazes sim, de enxergar qualquer ponto de vista. Até as causas daquilo que combatemos. E que estou internamente mais perto do que me incomoda do que eu penso. Outra: nem sempre o que eu almejo, vai me fazer feliz, por mais que me faça estável. Sem família, fica muito mais difícil o cara se conduzir. Família é quase tudo (bem próximo do tudo).

Nem poderia ser outro: Brooklyn's Finest.

Quando estava me acostumando com a idéia, logo após um sorvete diretamente vindo do Alaska e algumas perguntas sobre um possível loft bem localizado e muito simpático (que não passou de um conjunto comercial!), Charles chegou. Mas essa volta ao antigo cinema e a conclusão, já sabem né?!:


CONTINUA.

[AGORA SIM, RUMO AO FIM]

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