segunda-feira, 26 de abril de 2010

O assassino de Deus e sua cúmplice (Parte súbita e final)


Nada de continuar a série. Decidido. A licença poética e a loucura própria de artistas e pessoas do 'gênero' (ou filo?), me permite.
Mas antes de sepultar a mesma, me vejo obrigado a mencionar Charles. Toda lição e enredo. Rápido como um capuccino desses de máquinas express, em lojas de conveniência. Bastante úteis, vez por outra.
Segue.

Charles me ensinou uma coisa: que apesar de ter matado Deus com a 'Origem das espécies', ele não parou. Nunca parou de fazer o que acreditava.

Respeitava os que amava e não o entendiam, até sofria com eles; maluco, louco, doente mental, vagabundo, vida sem sentido. Tudo igual, desde aquela época...


Mas não parou nem por causa deles. E fez com que o conhecessem de fato, para aí sim, levar em conta suas opiniões.

E inclusive, deixou a decisão da publicação do maior tratado de biologia da história nas mãos da pessoa que mais amava e que ao mesmo tempo era a mais fervorosa e religiosa (contra ele, inclusive!) pessoa com qual convivia e AMAVA: sua esposa.

E entre conversas esquizofrênicas com sua finada filha e sentimentos de culpa, sublimou tudo...e fez de sua esposa sua cúmplice na morte de Deus.


O cara foi sensacional. Limitado. Arrojado. Falho. Perspicaz. Traumatizado. Humano.


Tantas lições pra deixar. Tantas que eu não entendi também...


Muito p'ra uma 'série' de textos.

O tempo passou.


Só deixo aqui impresso:

Conheçam.
Charles.
Darwin.

Nenhum comentário:

Postar um comentário