domingo, 25 de julho de 2010

Ninho


Não tenho nenhum tema específico. Só uma coisa anda me chamando atenção: como a felicidade é egoísta.

Ao mesmo tempo em que é maravilhoso essa calmaria toda, essa sensação de se estar caminhando na direção certa... como isso supre, ao ponto de não precisar ser dividida. É libertadora e ao mesmo tempo mesquinha.

Acabou de me ocorrer um insight: talvez, não seja a felicidade. A felicidade não é mesquinha - FATO. Quando muito (porque também não acredito que todos os seres humanos o são) medíocres, possa ser a essência do ser humano; CORREÇÃO: A essência do ser humano que não descobriu ainda COMO SER humano. E isso hoje, ainda, é a grande, gigantesca e esmagadora maioria. E assim, salvo poucos casos (Gandhi, Martin Luther King, Madre Teresa e afins...), é bem difícil ver alguma pessoa feliz ou satisfeita consigo e que saia compartilhando isso aos 4 ventos. Que tenha interesse em passar o 'know-how' da parada.


Talvez pelo sofrimento das cabeçadas que foram dadas na parede até se achar a porta; talvez por acreditarem em olho gordo; talvez, só por medo de contarem e a magia se acabar...como a magia do auto-engano faz (nos casos em que a felicidade é ilusória) ao ser compartilhada com outra pessoa e a famigerada 'visão externa'.


Não venho hoje para criticar, dar conselhos oun reclamar. Para explicar nada.

Venho para manter o que está acontecendo na minha vida.


Meus amigos verdadeiros próximos (até mesmo os que moram longe). Os médios meio e os não amigos, não fazendo parte. Perfeito e harmonioso.

Tudo está em seu devido lugar.


Estou me centrando mais nos meus assuntos. Ando correndo um monte pra atingir e conseguir chegar onde acho que devo chegar.

Depois de quase 10 anos procurando, descobri realmente o que é ser LIVRE.

E não tem nada, mas nada á ver com se fazer só o que quer...


Tenho saudade de pessoas que gostaria realmente que estivessem ao meu lado, mas por diversos motivos, não é possível nesse momento.

E tudo bem.

Desde que não passe ou eu me esqueça do sentimento que guardo por elas, ok.


Ser livre, é deixar ser livre. É entender o movimento do mar de avançar em um período e recuar no outro, justamente para se manter em equilíbrio.

É olhar pro longe, sem esquecer de firmar os pés onde estão agora.

É ser realista sem perder a poesia.


É enxergar toda beleza e esperança em uma metrópole cinza, predatória e terceiro-mundista. E conseguir dormir em paz com isso.
Mas essa façanha só é possível, se eu tiver plena certeza e consciência que eu estou somando.

É exatamente neste ponto, que nasce a liberdade.

2 comentários:

  1. de tirar o fôlego...mesmo...ufffff!
    O mais legal do mar que avança e recua é que ele está sempre lá... :)
    vou citar o McCandless (mais uma vez): "Happiness is only real when shared"
    É isso que vc faz aqui. Não prova nada há ninguém porque sabe que não precisa. Não canta vitória na vida, não se sobrepõe...you just share. Isso é lindo!

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