quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Diamantes sem salvação


'Tenho medo de me perder...de perder o que almejo sem nem ter ao menos conseguido.'

Foi com essa frase que amanheci, em uma super idéia com uma amiga. Escutei isso e beirei um Satori. Minha mente foi invadida por uma enchente de pensamentos, que não respeitaram nem o pouco tempo em que eu havia acordado...

Me dei conta da preguiça que sinto. Estou beirando os 30. 30!

Devia estar acelerado em algumas áreas? Com certeza. (Pelo menos no quesito expectativas externas, vixi...).
Mas será mesmo?
Estou quase na metade da expectativa mínima de vida de um cidadão brasileiro e consequentemente, terceiro mundista: 60 anos.

E já vivi coisa pra mais de metro. Já vivi muita, mas muita coisa que homens de 50 nem sonham...
Cara...e ainda tenho, no mínimo (e só por hoje), mais 30!
Tudo bem que o tempo hoje passa mais rápido.
Tudo bem que o diamante é duro pra cacete e pra ser lapidado, demora.
Mas o valor agregado nele, o que o difere de uma pedra bruta que qualquer um chutaria na rua, é justamente o trabalho empregado. O suor. Claro que a ignorância generalizada, faz cobiçarem-no pelo valor final.
Amadores ...
se soubessem ...


Meus pensamentos (re-)soam entre distorções e wah wah's... timbres ardidos e swingados de single coils. Beiram o psicodélico em diversos momentos...
LSD's emocionais.

Em meio á tudo isso, sigo como ponte pra amigos voltarem para a terra a que pertencem. Sou braço, mão, peito e elo.
Como diria meu primo: 'Sou do tipo que não abre a barreira'. E ponto.

Fica a experiência.

Mas não tô afim só de experiência. Com ela eu aprendo. Mas a intenção final é viver bem. Como venho vivendo. Livre.

Sem rótulos, lacres, esteriótipos e afins; enfins ou fins prematuros e trágicos.
Bom senso, estilo e amigos no fim das contas é o que conta. Afinal de contas ''pra parecer um palhaço não é preciso nem o nariz vermelho. É só fazer o que não sabe sem se olhar no espelho.' Esse é um dos ensinamentos do guerreiro silencioso.

Afinal de contas, 'quero que me falem que eu não sou mais um; que eu sou o escolhido.
Já que me senti, igual os abóboras amassadas, um rato em uma jaula, por muitas vezes. E sem esperança de ser salvo.'

'Sou tudo, um pouco de cada um. Sou um agregado'


 E isso é o que faz a minha unidade.

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