sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Manitol




Fezes putrefadas nas entranhas.
Despejo involuntário causado por fator extrínseco.

Segura. Sua. Contrai.

Sai.


Deveria ser assim com as verdades do cotidiano; afinal, só putrefam no interno por não saírem. Quando passa o tempo para evacuação, começam o processo de 'auto-destruição' ali mesmo: dentro.

Isso é prejudicial. Perigoso. Machuca. Incomoda.

Se embola. Igual um novelo de lã, fica quase impossível achar a ponta pra separar os fios. Fios emocionais. Fios de merda. Fios da trama, que compõe o tecido humano. Interno e abstrato;

da pequinês, miséria... mesquinharias e egoísmos nossos de 'cada-dia'.

Acúmulo de qualquer coisa (salvo raríssimas excessões), não faz bem. Nunca fez.
Merda, dinheiro ou qualquer outro tipo de dejeto.


Para o interno, está tudo nivelado.



Sentimentos também apodrecem. Para eles, não há manitol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário