quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mi compadre Pancho Villa


Confusão.

Tudo embaralhado. O baralho completinho, mas a cabeça...ai ai ai.


Soul music é que é música viu, o resto só passa de passatempo musical. Marvin Gaye, Aretha Franklin. Estava ouvindo 'Fallin' in Love' e comecei a pensar. Queria estar longe já. Faz tempo.


Não me pergunte onde. Nem faço idéia. Parte de mim fala em algum bangalô, numa praia remota na América Central. Trabalhando sossegadamente em algum negócio familiar, eu mulher e filhos. Amigos panamenhos, Latin Lingos. Tranquilo. Sem pressa. Só um dojô. Sol. Distância. Michael Scofield plans. Mas sem camisa.


Outra parte minha quer seguir o tatame exclusivamente. Na verdade, isso é a única certeza. Bushido. Aprendi a não correr. Aprecio. Em vez de concentrar velocidade, emano atenção.

Estúdio, música, palco. Mensagem. Voz alta. Ativa. Essa me chama um bocado ultimamente. Me escute.
Parte se contenta com qualquer casa á beira de uma praia no litoral de SP mesmo. Desde que eu esteja morando, me virando, treinando e escrevendo, ok. O descanso me cansa. O canto me encanta. Ou será o contrário? Não suporto mais cantos. Não, não. Mais do que nunca, quero centros. Centrar. Focar. Mirar. Tiro Certeiro. Um tiro, um acerto. S.W.A.T. like.
Sniper type.

Outra quer voar pra California novamente. Velho Continente também. Desbravar. Conhecer. Interagir. Fugir. Me achar. Longe, Longe, Perto, Dentro. Que nem na música. Na minha.

Doido. Varrido.

Será?

Não nasci pra modelar. Não mesmo. Não sou modelo de nada que tentei. Nunca fui. Sem aborrecimentos ou frustrações no momento. Constatação pura e simples.

Ahhh! Lembrei.

Hoje eu entendi porque as pessoas ficam juntas por anos também. Não é o único motivo, mas também é: porque se cansam de procurar e sempre dar com a cara no muro. Procuram algo. Quando não querem, superficiais. Quando querem, é preciso ter calma...
Uma hora a pessoa cansa. Do mundo. De tudo. Da vida.

Hoje escutei uma frase sensacional:
-' Cansei de ser mãe!' Da minha própria. Caraca! E agora? (risos).

Tudo me cansa. A monotonia das mudanças me cansa. Não a excitação momentânea. A inconstância. Me dá ânsia. 'Mas, quem é do mar, não enjoa...'. Não?
Pode não vomitar, mas cansa um bocado.

Adoro rotinas. Não por gosto próprio, por história. Histórico. Gene.

Sei não. Engraçado. Não queria deixar este texto aqui. O passado era muito mais bem-resolvido, ácido, irônico. Esse aqui está com a cor-de-burro-quando-foge. Paciência. 'Até quando o mundo pede um pouco mais de calma'. Não gosto de mansidão. Não nesse aspecto.
(Ih! Olha a cor surgindo por aqui. Adoro essas surpresas.)
(Continue lendo)
Gosto de pulsar. Energia viva. Movendo. Intensidade. Mansidão nesses casos, e eu me castro. Como Fidel.
Falando nessa rapaziada,
'Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamás'

Porra Bitchô, sin perder la ternura, Che? Difícil hein...

Vai me dizer também que, sem parecer ridículo (mas correndo esse risco), todo revolucionário é movido por um profundo sentimento de amor?

É, vai! Ok,Ok...meu lado revolucionário concorda. Plenamente. 50%.


Esse pessoal sabe o que fala. Sabe o que quer. Tem pelo que lutar.

Admiro. Pancho Villa. Che. Lampião. Thick Quang Duc. Não precisam de mídia ou fama para serem motivados. São os verdadeiros. V-E-R-D-A-D-E-I-R-O-S.

'Espírito Independente de não esperar e fazer pelas próprias mãos'

Impressionante a proximidade. Quase um link entre um revolucionário mexicano e o Marechal niteroiense.

Tenho a garra e o brio deles.
Todos que me veêm na rua sabem. Eu vejo que percebem.
Meu cheiro de Alfa faz amigos e inimigos por mim.

O lado 'comunicação/revolucionário' era tão forte que falou:
"Não deixe isso terminar assim. Diga-lhes que eu disse algo."
E morreu Pancho Villa. Um dos verdadeiros. Sujeito-homem. Revolucionário. Atitude-man. Atitude-hombre, melhor.

Pra encerrar e concluir comigo mesmo: adoraria ficar em frente á um paraíso esperando o tempo passar. Honestamente.
Mas não tenho um destino. Tenho uma missão. Sou soldado.
Separei todo o baralho agora. Todos os naipes. Achei. Ouro com ouro. Espada com espada. Copas fica fora. Não tem á ver com ele. Notem.

Minha missão aqui não é essa. Praia e alguns mojitos ou caipirinhas no final da semana, pra anestesiar a consciência. E manter o rumo ilimitado da repetida existência. Nada de ser mais um peão no jogo. No sistema. Vim para cair, levantar. Brigar. Perder, Ganhar. Me redimir. Me vingar.
Mas claro que 'não entenderão o que eu vivo, se não viverem o que eu vivi.' (M.)
REPITO: Sou fênix todos os dias. Úm pouco Ícaro, um pouco Lázaro, inteiro Fênix.

Não vim com nome de rei á toa, xará.

Eu sei que tenho. E sei que sou só eu. Acompanhado ou só.
Foi só por isso que eu não desisti até hoje de tudo.
Para quando eu morrer, lembrarem que é muito melhor morrer em pé, do que viver de joelhos.

Viva Pancho Villa!
E um brinde ao Rei.

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