domingo, 10 de janeiro de 2010

Como diria Mestre Cartola


Doente é mais difícil escrever. Muito mais. As idéias vão, somem, vêm, veêm alguma coisa, voam. Como os malabares pirofágicos de farol. 30 segs de vida. 30 segs para a vida.



Estava eu, na minha cansável busca pelo santo graal , quando tive outro daqueles lapsos de consciência. 'Se isso aqui der certo, quero ver alguém não procurar um jeito de deletar o outro.' No caso, eu. Esse pensamento já vem me perseguindo há uns dias. Faço cara de deboche, paisagem. Finjo não ser. Mas é.


Impressionante. - Hoje se concretizou ! E......uáláaa!!! Poderia ser uAliiiii...Salomão? Não...uAli Babá...infelizmente por enquanto nessa remontagem moderna só temos 2, quando muito 3 ladrões... tempos de vacas magras .
Ou poderia ser Uólli. Aquele personagem idiotinha com gorrinho vermelho e óculos que se escondia nos livros da biblioteca do início da minha adolescência. Wally. Onde?

De um lado, o confronto do ego progenitor; Do outro, a chance de minimizar a frustração de uma vida ao máximo. Vida besta.
Conversa muito bem 'encaixada'. Palavras milimetricamente colocadas. Eu no meio, com sono, assistindo á tudo como á uma partida das mais movimentadas...de ping-pong. Tênis de mesa é profissional. Ping-pong. Definitivamente.
Sinceramente? Ping.


Contratos-high-trash de confidencialidade industrial. E me mandam um situada com 'C'?... Cituada? que 'Cituação' hein?! Não existem elogios que apaguem uma dessas. Chupadas homéricas não o fariam. Nem 3 pontinhos -sendo eles tríades ou reticências... Continue adormecido mesmo, meu tio; Acorde para a vida só. Não subestime intelecto, raciocínio ou idade. Passei por lugares que você nem imagina, tendo só como 'sobras', tal desenvolvimento á este ponto... não subestime não.

Sabe, fico assistindo á algumas situações como quando antigamente, com meu pai, íamos á algum cinema. Nessa época, cinemas eram´'SÓ' cinemas, por incrível que pareça! Não vinham com shopping centers á tira colo, grifes, super produções...não, não. Eram só salas para exibição e projeção de filmes. Máximo uma pipoca e balas de goma do lado de fora. Lanterninha!!! Transições em sessões pela metade ao início da próxima, como escalas, para entender o início do filme! Sensacional !! Saudades.

Apesar da tecnologia menos Full HD, as coisas eram mais definidas. Não se misturavam tanto.

Hoje é cinema com shopping center. amizade colorida. pipoca doce com salgada....sexo com amor. Som com telefone. Infância com sexo e/ou drogas. chiclete com banana!! Eca!
Sorrisos Amigáveis com baionetas em punho. Tudo em nome da boa educação.

Estou cheio de aspas hoje. Estão definindo muito mais o que penso do que as palavras. Recurso Gráfico-emocional. Racional. Extremo.

Prefiro características isoladas e independentes. Animais. Com certeza.


Claras. Amigos que aliciam conhecidas. Show de tapetes. Puxados. Imputação de responsabilidades, no eterno cabo-de-guerra das responsabilidades e auto-manipulação, em busca da visão da Shan-gri-lá Familiar. Cagadas homéricas. Justificativas em 'Lucila', como em dó maior.
Se essa ainda emitisse sons parecidos como a homônima de BB King... Eu cantarolaria com ela.

Ahhh, as observações !! Ilustres ! Reticentes. Falhas. pelo menos em sua maioria percentual.


As observações do contrato-VIDA é que me matam. Não vem com letras miúdas, nem garrafais. Não vem. Simplesmente. A experiência as faz aparecer, como calor e suco de limão. Bilhetes de guerra, codificados. Um gênio indomável. Códigos de bombas em caça-palavras de jornal.


Ao final, lê-se todas as cláusulas, como aquelas piadas que só tomam tempo dos ouvintes (a graça e ironia estão nisso, oras!). Olha-se para o lado com aquele semblante desanimado, aquele ar de quem carrega a marca de já ter sido enganado alguma vez; um cachorro picado por cobra com medo de linguiça, reforçaria.

Percebe-se o que foi. Acaba. Sem trilha sonora ou letras subindo. Sem créditos expostos ao mundo. Só os interpessoais. Intra. Guardados. á 7 chaves.


Prefiro as grandes paixões. Os grandes saltos. Os grandes tombos também. Algo que valha á pena. Mas com o tempo, venho aprendendo que arriscar é para 'irresponsáveis'. Os mesmo que pregam isso, são os que arriscaram na maioria das vezes muito mais do que tinham. E conseguiram, mesmo que deixando centenas de corpos pelo caminho. Ou um.
Conselhos caem como pancadas de chuva ao final de uma abafada tarde de verão.
Por perceber seu próprio absurdo? ou medo de serem alcançados? Superados? Esquecidos ...


E o livro dela é igual ao meu. Só para constar. Fonte, fundo, letra. Fotos não. Livros não tem fotos. Mas estou cortado. Nas fotos, cortado!! Cortado das fotos do livro que não tem fotos... Uau!
...como uma cena mal feita. 1,2,3, e CORTA! Rezo. Espero. Escrevo para ser lido. Claro! Claramente também, á princípio.


Ela quer falar para a turma ! Eu só quero me livrar dessas coisas que rondam minha cabeça.
Escrevo porque preciso. Necessidade. Auto-organização.Tentativa. Como uma hemodiálise. Tenho que retirar de mim. Afastar.
Filtro.

Afasto o que não é bom pra mim,de mim, em mim. Volta. Mais puro. Continuo produzindo. Tenho que continuar filtrando...

Para não afogar em mim mesmo. Bebo uma dose dela. Desce de forma amarga. Logo me esquenta. Conforta momentâneamente. 'Pelo menos isso', penso.


E voltando para casa, escuto um amigo (emprestado. Retornado - caso exista isso. Esquecido da ganância que o assaltou também momentos atrás), cantando alguns sambas de Cartola. Mestre. Afinado. Não cantando para ser ouvido só. Cantando para ser escutado.
Me chama com os olhos ansiosos para que eu mastigue e me alimente da próxima estrofe. A ânsia para que eu entenda como ele entende; para que sobre a admiração. Emocionante. Quase chorei. Olhos cheios d'água. Me arrepiei. Lágrimas. Boa companhia. Boa música.


Por tudo aquilo que posso ser e não sou. Por enquanto ainda é sou. Luto para não ser o que poderia e não fui.

A tendência é essa. O medo maior é o pulso. Os punhos meio cerrados. Copo. meio. vazio.


Escrevo e luto por isso.


Para que não seja no futuro 'o que poderia e não fui'.


Cartola ficou, quando esse amigo saltou. Voltamos sós para casa - Eu e o Mestre. Para lermos e calarmos.

'Eu vou calar, Pois não pretendo (...) te magoar'. Não com um novo. Com o mesmo.
O nosso - tive, sim.

Como diria Mestre Cartola.

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